Ocorreu, na noite desta última terça-feira (17), na Livraria da Vila, em São Paulo, o lançamento do livro ‘Ela Salvou a Minha Vida’, do maquiador Eduardo Sacchiero, conhecido por seu trabalho com grandes personalidades da televisão brasileira como o saudoso Gugu Liberato, além de claro, Hebe Camargo, a inspiração para a sua obra.
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Em seu livro, publicado pela editora Leader, Eduardo Sacchiero conta a passagem que teve com a apresentadora, onde Hebe Camargo, em um ato de muita consideração, literalmente salvou a sua vida.
O lançamento contou com a presença de diversas celebridades. Entre elas, compareceram a apresentadora do ‘Mulheres’, da TV Gazeta, Regina Volpato, a atriz Suzy Rêgo, o ator Eduardo Martini, que tem uma fote ligação com Hebe, Lívia Andrade, o filho da apresentadora, Marcelo Camargo entre outros.
O Área VIP também foi ao lançamento e bateu um papo especial com Eduardo Sacchiero. O maquiador abriu o coração para falar sobre a obra e contou que procura deixar um legado com ela:
“Eu acho que assim, depois de hoje, eu costumo dizer que para mim está sendo memorável. Vai ficar marcado para sempre este sonho realizado. Eu espero que o meu livro possa mostrar para as pessoas que não é fácil trabalhar na televisão. As pessoas criam uma ilusão”, contou, com exclusividade.
Eduardo Sacchiero, que passou por uma forte depressão, teve a ajuda imprescindível de Hebe Camargo, por isso, em um pedido especial, fez um apelo a todos que estão começando no meio da televisão:
“Eu comecei muito cedo e quando eu me perdi, eu achei que era a pessoa mais famosa do mundo, que estava preparado para tudo. Mas não foi isso o que aconteceu, então eu peço: ‘tenha um pé no chão’. Às vezes, por uma questão de segundos, você não pode estar aqui. Isso aconteceu comigo e eu tive um anjo que me salvou, no caso a Hebe Camargo”.
Veja a entrevista completa
Surgimento do livro
“Eu acho que eu construí uma história com a Hebe. Eu tinha este segredo que guardei por 11 anos e falei: ‘a vida da gente é tão curta e eu construí uma história tão linda com os artistas que trabalhei’, pensei: ‘como que eu posso contar isso a todos?’. Então veio a ideia de contar em um programa de televisão, sabe, fazer um programa só e contar tudo o que vivi com ela. A última ideia foi que talvez eu procuraria o ‘Fantástico’. No entanto foi melhor: e esta é a história mais louca do meu livro.
“Eu tinha este sonho (de contar a história em um livro), porém este sonho uma vez foi levado para uma editora, que não quis comprar a ideia. Foi aí que fui chamado por um fotógrafo para fazer (a maquiagem) de uma mulher. Neste dia que eu fiz, ela gostou do meu trabalho e logo quis marcar outro dia. Pois bem, ela me contratou e neste período, ela passou a ser minha seguidora no Instagram e começou a observar os meus trabalhos. Neste dia, no segundo trabalho, ela me falou: ‘você deveria fazer um livro, sua história é muito legal’. Eu respondi: ‘mas eu tenho este sonho, mas levei para uma editora que não quiseram comprar’. Ela olhou para mim e falou: ‘você quer realizar este sonho?’. E aí ligou para a a Andreia Roma, dona da minha editora (Leader) e falou: ‘Eu quero que você liga para este menino e lance o livro dele’. Olha que loucura. Eu olhei para a cara dela e fiz uma cara de paisagem, quando foi no outro dia, a Andreia me ligou e queria marcar um encontro com você”.
Homenagem a eterna apresentadora do canal 4
“Eu queria fazer um livro de homenagem. Eu queria contar este segredo, mas queria fazer um livro de homenagem. Então eu consegui pegar todos os funcionários da Hebe, que falam no meu livro, aí eu conto este segredo que guardei durante estes 11 anos. Graças a Deus e a Hebe eu sobrevivi”.
Diferenças entre a Hebe do livro e a do filme ‘Hebe – A Estrela do Brasil’
“Foi uma empolgação, pois quem trabalhou com a Hebe, sabe que o filme foi para beneficiar somente algumas pessoas. Então assim, o filme, na verdade, a Andreia Beltrão fez muito bem o papel que deram para ela, entregaram o roteiro para ela, ela estudou e soube interpretar muito bem, mas não era a Hebe. Tanto é que hoje, eu vi um vídeo do Marcelo (Filho da Hebe), que falou que Hebe tomando Whisky era a mesma coisa do que o encontro do Bolsonaro com o Lula e está tudo bem. Porque a Hebe nunca tomou Whisky, então teve muitas cenas do filme que a Hebe jamais agiria daquela maneira, que ela falaria, que ela tomaria alguma atitude, entendeu. Então assim, o filme foi para beneficiar, entre aspas, algumas pessoas, mas não foi para contar a história dela. Diferente do musical, eu assisti 8 vezes e chorei as 8 vezes, porque eu conseguia ver a Hebe no palco, o que não consegui ver no papel da Andreia Beltrão”.
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Um possível ‘nova Hebe’?
“Eu acho que quando a Hebe morreu, assim, ninguém é insubstituível. Eu acreditei em algumas pessoas, hoje não mais. Eu acreditei que a Adriane Galisteu poderia se tornar uma Hebe. Ana Hickmann, também. Em questão de moda, de postura, acho que a Sabrina Sato, porém está longe ainda. Mas uma pessoa que hoje, se eu fosse dono de uma televisão, eu investiria, não para ser uma Hebe, porque a Hebe é única, mas uma pessoa que tem inteligência, fala o que pensa, se veste super bem, eu daria uma oportunidade para a Mariana Weickert“.
Falta um pouco de Hebe na televisão atualmente
“A Hebe era verdadeira e hoje o que vejo muito na televisão, são fakes. São pessoas que com a câmera ligada, é uma pessoa, já quando ela desliga, não passa nem perto daquilo que é na frente das câmeras. A Hebe o que era no palco era na vida real”.
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Boa ação
“Quando eu quis fazer o livro, eu não quis ganhar dinheiro, eu só queria contar para o mundo este segredo que guardei durante 11 anos. Então decidi doar todo o meu cachê para o GRAAC, que é o hospital que cuida de crianças com câncer. Eu estive lá, é uma sensação única. Aquelas crianças merecem. Eu estou com 41 anos, se eu morrer amanhã, opa, o Edu Viveu com 40 anos, mas uma criança com 3, 4 aninhos, tem muito ainda o que sentir o que é viver. Então eu doei toda a minha obra, não foi somente o lançamento, para o hospital Graac”.
