Lucélia Santos é um dos grandes nomes da teledramaturgia brasileira. No entanto, faz tempo que a atriz não dá as caras numa novela no Brasil. Seu último folhetim na Globo foi Malhação, em 2001. E sua última novela no país foi Cidadão Brasileiro (2006), na Record.
A atriz ainda participou da novela portuguesa Na Corda Bamba, em 2019. A produção, inclusive, pode ser assistida no Brasil, já que integra o catálogo do Globoplay. Porém, depois disso, Lucélia Santos se mantém afastada da telinha e se dedica ao teatro.
Em entrevista ao site ‘Contigo!’, a estrela da icônica Escrava Isaura (1976) revela ter orgulho da história que construiu na televisão. Porém, ao analisar a atual teledramaturgia brasileira, a atriz confessa que dificilmente aceitaria voltar ao gênero no país.
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“Personagem estruturado”
Lucélia Santos, inclusive, confessa que não tem televisão e acompanha pouco as obras atuais. Ainda assim, ela faz uma análise sobre o atual momento da TV. “Eu vejo esporadicamente algumas cenas, mas eu acho que a linguagem foi se desgastando. Pra fazer eu faria se criassem um personagem estruturado. A questão é a dramaturgia”, disse.
A atriz também comentou o fato de ainda ser muito lembrada por seus trabalhos na TV, mesmo afastada há tantos anos. “Eu sou parâmetro. Isso não tem jeito, mas por quê? As personagens sobrevivem. Escrava Isaura tem mais de 40 anos, tem qualidade e não é só o meu trabalho, é a escrita. O grande problema hoje é esse”, cravou.
“E não é só meu trabalho. Tem meu talento somado, mas basicamente a questão é a estrutura, é o texto, é a carpitantaria teledramatúrgica. E não sou eu que estou dizendo, mas as pessoas que escrevem na minha página que estão me vendo no Globoplay. Eu tenho muito orgulho de todo meu trabalho na TV, acho que consegui imprimir uma marca que está lá no catálogo”, concluiu.
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Sucesso
Uma das novelas brasileiras mais famosas do mundo, Escrava Isaura também marcou a estreia de Lucélia Santos na telinha. A atriz já estreou na Globo como protagonista da trama escrita por Gilberto Braga, baseada na obra de Bernardo Guimarães.
Depois disso, Lucélia engatou outras novelas de sucesso, como Locomotivas (1977), Guerra dos Sexos (1983) e Sinhá Moça (1986). Depois disso, a atriz deixou a Globo e emplacou personagens na Manchete e no SBT, retornando à líder apenas em 2001, como a médica Jaqueline em Malhação.
Foi sua última novela na emissora carioca. Depois disso, sua presença na telinha ficou menos constante. Tanto que, após Cidadão Brasileiro, na Record, ela não fez mais novelas no Brasil, atuando apenas nas séries Donas de Casa Desesperadas (2007), Casos e Acasos (2008) e Aline (2011), além de uma participação em Vai que Cola (2016).