O ator Lucas Leto, 23 anos, que está presente na novela da Rede Globo ‘Pantanal’ como o personagem Marcelo, concedeu uma entrevista para a Revista Caras onde fala sobre diversos assuntos. Dentre os temas abordados pelo artista está a questão da representatividade negra dentro da trama escrita por Bruno Luperi, que em sua versão anterior, por exemplo, a maioria de seu elenco era formado por pessoas brancas.
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O artista fala do impacto da mudança no núcleo da novela, que na versão de 1990 era formado por pessoas brancas e agora por pessoas negras. Lucas afirma que dessa forma é mais fácil para que o público se conecte com a obra: ”Acho que muito desse sucesso também é dado pela representatividade. As pessoas se interessam pela novela porque elas se enxergam lá. Hoje, a gente tem muitas opções de produtos, de filmes, novelas e a gente pode escolher a que assistir.”, aponta.
Ele ainda declara que a representatividade é um ponto ideal dentro da obra da emissora dos Marinho: ”A gente tem uma maioria de população no Brasil que é negra, então, nada melhor do que parar para assistir e se ver nos personagens, sabe? E mais do que termos atores ali, a gente precisa também de profissionais negros atrás das câmeras, roteiristas, diretores… Esse é o ideal.” conta.
Além disso, Leto também relembra que tanto seu personagem, quanto os que estavam ao seu redor comentaram bastante sobre o aspecto do racismo e ele vê isso com bons olhos: ”Isso é muito bom, porque se a gente não usa essa ferramenta que chega para muitas pessoas para mudar, para modificar a nossa sociedade, a gente vai fazer o quê? A gente tem esse espaço e precisa, minimamente, fazer as pessoas se questionarem e debaterem.”, pondera.
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Posteriormente, o ator de Pantanal comenta sobre sua sexualidade e revela que a trata como algo natural: ”As coisas são muito naturais para mim. Eu vivo na tranquilidade, não fico pensando muito nessas coisas, não. Gosto de fazer meu trabalho bem-feito, gosto de dar atenção para a minha família. Existe um glamour que a TV traz e tudo mais, mas nós continuamos sendo pessoas normais, com nossa vida, nossos trabalhos.”, informa.