Luisa Mell lamenta morte trágica de Miguel Otávio e oferece advogado

Luisa Mell e Miguel Otávio – Foto: Reprodução/Montagem

Luisa Mell usou suas redes sociais para lamentar a trágica morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos, que morreu após cair do nono andar de um prédio no Recife.

“Meu coração está despedaçado com esta tragédia. Miguel, de apenas 5 aninhos, foi trabalhar com sua mãe, a empregada doméstica Mirtes Renata. Certamente, porque ela foi obrigada a voltar a trabalhar, mas como as escolas e creches estão fechadas não tinha com quem deixar a criança!”, disse ela.

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A apresentadora e ativista seguiu contando o caso. “Pois bem, a patroa mandou sua funcionária ir passear com os cães e ficou de tomar conta da criança. Mas irritada com o choro de uma criancinha assustada ela o colocou no elevador sozinho!!!!! Ele cada vez mais assustado, em busca de sua mãe, parou em um andar sem proteção e ao avistar sua mãe na rua… foi chamá-la e caiu do 9 andar deste condomínio luxuoso em Pernambuco!”.

Luisa afirmou que conseguia imaginar o desespero da mãe de Miguel, que foi socorrer o menino, e lamentou o fato da patroa ter pago uma fiança de R$ 20 mil e ter deixado a delegacia.

“Imaginem o desespero desta criança! Imaginem a dor de uma mãe!!!! A patroa pagou a fiança de 20 mil reais e está respondendo em liberdade! E para meu espanto a polícia e imprensa não estão divulgando o nome dela. Parece que é esposa de politico do Estado. Uma vergonha! E se fosse o contrário?!? Queremos justiça para Miguel”, exigiu ela.

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A apresentadora também informou que vai ajudar a mãe do menino pagando um advogado. “Por favor, quem conhecer a mãe, entre em contato comigo. Quero ajudar a pagar um advogado para o caso. Me ajudem a não deixar esta mulher ficar impune porque é rica e influente”, pediu ela.

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Em seguida ainda mandou um questionamento as autoridades. “E aproveito para perguntar para nossos governantes: As mães estão tendo que voltar a trabalhar, MAS AS ESCOLAS e CRECHES estão fechadas sei lá até quando! Vão deixar as crianças com quem?!??”, quis saber.

“Eu com todos meus privilégios, estou encontrando extrema dificuldade de trabalhar e cuidar do meu filho. Mas como disse, tenho todos os recursos. Agora e quem não tem?!?? Não é um problema só das mães! É de toda sociedade! Com quem ficarão os filhos das trabalhadoras, sem escolas?!!??”, afirmou a ativista.

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Entenda o caso

Na última terça-feira (2) o menino Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos de idade, morreu após cair do 9º andar de um prédio no bairro de São José, no Centro do Recife.

Segundo o portal G1, a Polícia Militar informou que o caso ocorreu às 13h, no Condomínio Píer Maurício de Nassau, um dos imóveis do conjunto conhecido como “Torres Gêmeas”. O menino era filho de uma empregada doméstica, que trabalhava no 5º andar do edifício.

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  • Pensei que alguém o tinha empurrado diretamente,mas depois vi de que de alguma ele foi empurrado sim,e a patroa desgraçada tem que pagar,essa miserável.😠😠😠

  • Lembra no filme “Que horas ela volta?” que a patroa manda esvaziar a piscina e limpar a água porque a filha da empregada deu um mergulho? Pois bem, ontem, dia 03/06, em Recife, a patroa (leia sinhá contemporânea) se recusou a cuidar por alguns minutos do filho de 05 anos de idade da empregada, e ele caiu do nono andar de prédio e morreu.
    A patroa, como escravocrata que é, não quis liberar a empregada na pandemia. A empregada, negra, não tinha com quem deixar o filho de 05 anos no meio da quarentena e o levou para o trabalho. Ela foi encarregada de passear com os cachorros da patroa e precisou abdicar dos cuidados do próprio filho para cuidar dos cachorros dos outros, contando que a patroa pelo menos observaria a criaça nesse intervalo. No entanto, cuidar de uma criança negra, filho da empregada, por alguns minutos parece ser muito sacrificante. A mulher não quis olhar a criança e se irritou porque ele procurava pela mãe, provavelmente desconfortável com o ambiente antipático que a mulher criou. Abandonou o menino e deixou ele subir no elevador do prédio sozinho (inclusive apertou um andar para ele ir só). O menino procurando a mãe entrou na sala de máquinas do elevador e caiu do parapeito do prédio de uma altura de 35 metros. Morreu no hospital. A patroa responde por homicídio culposo, pelo ato de negligência, mas pagou 20 mil reais de fiança e responde em liberdade. A mãe segue desconsolada.
    O racismo, se não mata por bala, mata por desprezo, abandono, inferiorização, destruição dos direitos trabalhistas. A dívida do racismo definitivamente não pode ser paga.

    Por Felipe Scalisa

  • O FILHO MORTO DA DOMÉSTICA

    Fabrício Carpinejar

    Não é omissão. É desprezo.

    A vida de Miguel, 5 anos, de Recife (PE), não valia nada para a patroa. Ela talvez pensasse que correspondia a um absurdo a empregada trazer o filho para o trabalho, de misturar vida profissional com pessoal. Talvez tivesse reclamado ao marido. Talvez tivesse considerado um abuso de paciência. Talvez tivesse o chamado de demônio, teimoso e sem educação. Os preconceitos moram na intimidade - condicionam atitudes, porém não são declarados da porta para a rua.

    Nem sentiu nenhuma culpa ao conduzir o pequeno ao elevador, sem altura para apertar os botões, e que ele fosse procurar sozinho a mãe lá embaixo, que passeava com os cachorros do apartamento em que trabalhava, obrigada a seguir seu serviço no meio da pandemia.

    Não teve uma ponta de remorso do desatino que cometia com o pequeno, desorientado e desinformado do lugar em que estava. Não podia olhá-lo um pouco até por respeito por tudo o que já fez a babá de sua família? Nem por gratidão, mas por reconhecimento. Não podia descer junto, se fosse o caso?

    Por certo, não desejava perder tempo, sacrificar meia horinha de seu conforto, incomodar-se em entreter quem não partilhava nenhum parentesco.

    Certamente ela nunca fez isso com o próprio filho, mas não se via paga para cuidar do Miguel, cria da doméstica. Não era problema dela. Não era coisa alguma dela. Assim, com repugnante descaso, o menino foi vítima da sua condição social, do racismo.

    A criança se extraviou no nono andar, em prédio que desconhecia, entrou onde não sabia, caiu e morreu.

    Se não é crime doloso, intencional, prevendo a tragédia e assumindo as consequências, é o quê?

    O que se espera de um menino indefeso no elevador?

    Não duvido que a patroa nunca houvesse reconhecido a existência dele, a ponto de não se importar com a sua morte.

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