Mãe se revolta com saída de Bruno Krupp da prisão: ‘a vida do meu filho não valeu de nada’

Mariana Cardim, mãe do adolescente João Gabriel, atropelado e morto por Bruno Krupp – TV Globo/Reprodução

Bruno Krupp, modelo que atropelou e matou um adolescente de 16 anos enquanto pilotava uma moto em alta velocidade, deixou a prisão de Bangu 8 nesta quarta-feira (29). Por decisão do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) diante de um habeas corpus impetrado por sua defesa, o influenciador digital foi posto em prisão domiciliar com o cumprimento de medidas subsidiárias à permanência no estabelecimento prisional, a exemplo do monitoramento por tornozeleira eletrônica, proibição para deixar a sua casa durante a noite e para conduzir veículos automotores, além de ter que entregar o seu passaporte.

Por outro lado, a família de João Gabriel demonstrou indignação com a decisão vinda do STJ. Em entrevista ao G1, Mariana Cardim, mãe do adolescente, manifestou o seu sentimento de insatisfação. Segundo ela, a sensação é de que a vida da vítima não tinha valor.

Modelo Bruno Krupp, que atropelou e matou adolescente em alta velocidade, deixa a prisão e vai pra casa

“A sensação que eu tenho é que a vida do meu filho não valeu de nada”, desabafou a mãe do menino, considerando um “desrespeito” à memória de João Gabriel a concessão das medidas cautelares diversas da prisão a Bruno Krupp. “É um desrespeito com a vida do meu filho, comigo, que tenho tentado me reinventar, me ressignificar”, complementou.

Relembre o caso

Bruno Krupp não tinha habilitação para conduzir a moto que matou precocemente o jovem estudante João Gabriel Cardim Guimarães, de apenas 16 anos. Câmeras instaladas em alguns pontos do trajeto percorrido pelo influenciador digital antes do homicídio comprovam que o veículo estava em altíssima velocidade.

Modelo Bruno Krupp volta as redes sociais após grave acusação: “vergonha”

Dias antes da tragédia, Bruno Krupp se envolveu em uma Blitz da Lei Seca, onde foi abordado pelos agentes e se recusou a fazer o teste de alcoolemia, o popular bafômetro. Além disso, o modelo, naquele momento, não possuía CNH (Carteira Nacional de Habilitação), assim como no dia do acidente, além de serem constatadas irregularidades na motocicleta.

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