Nesta terça-feira (19) Manoel Soares esteve no programa Otalab, comandado pelo apresentador Otaviano Costa, na internet. Durante o bate papo, o apresentador falou da TV Globo. “Não jogo a merda no ventilador pois tenho filhos”, contou.
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Ele comentou que foi o primeiro apresentador negro de um programa exibido nas manhãs da emissora carioca. Ao ser perguntado por Otaviano se gostaria de voltar para esse lugar, Manoel enfatizou que teria que pensar bastante sobre as regras: “Eu sou o primeiro apresentador de um matinal diário, negro e brasileiro. Eu sou a primeira pessoa a fazer isso. Eu acho que quando eu aceitei entrar nesse jogo, as regras não ficaram explícitas e nem nítidas para mim”.
Manoel acrescentou também que poderia voltar para esse jogo: “Eu acho que o desejo, a paixão de fazer, levar para quem está do outro lado, na verdade, do que a gente vive, do que a gente é, me colocou em um lugar de mira, como uma série de franco atiradores que hoje eu me preservaria um pouco mais“.
O apresentador lembrou de todo o sofrimento de sua família e da repercussão da sua saída da TV Globo. Ele disse que a família sofreu muito: “Que hoje as pessoas falam ‘Ah Manoel, por que você não joga as coisas no ventilador? Por que você não fala tudo que pensa?”
Ao responder essas questões Manoel diz que é pelo mesmo motivo que a mãe dele quando o patrão a chamava de ‘nega fedorenta’ e ela não pegava o pano de chão e jogava na cara dele. Por quê? Ela tinha filhos para sustentar.
Pontuou também: “Vamos supor que agora eu decida atender os apelos dos veículos de comunicação, jogar tudo no ventilador, xingar, falar mal dos meus antigos colegas de trabalho. Mas a partir de amanhã eu não trabalho mais no mercado, só vou alimentar pessoas que querem problemas, o mal, inclusive o meu mal”.
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Sobre sua ex-colega no “Encontro”, ele destacou que não falaria de uma mulher. “Ninguém vai me usar para agredir outra mulher, isso é a primeira coisa. Eu jamais aceitaria e admitiria isso. Isso para mim tem nome, é machismo. E eu não vou com a atenção de atender fetiche, fofoca, o que quer que seja. Eu não vou destruir o chão reputacional que a minha família me ajudou a construir. Eu sou descendente de reis e rainhas e não vou descer do meu nível”.
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O apresentador falou sobre a oportunidade de integrar parte do elenco de um grande canal. “Eu acho que habitar, ocupar esses lugares é importante sim. Eu acho que todo mundo tem que fazer isso”. Ele complementou: “Mas eu acho que exige de nós muita tranquilidade”. Finalizando que foi um aprendizado lindo e que ainda tem uma carreira linda pela frente e cheia de coisa bacana para fazer.
Colaborou: Larissa Brito
