Quando estreou, A Dona do Pedaço encantou o público com o amor de Maria da Paz (Juliana Paes) e Amadeu, vivido por Marcos Palmeira. Depois de passar um tempo longe da trama, o personagem voltou, mas parece que tudo dá errado para que esse amor se consolide. Para o ator, isso faz parte da trama e precisa acontecer para que uma história seja contada. Mas o ator adianta que Amadeu em breve deve mudar de atitude e ficará mais ativo na trama. Palmeira diz ainda que não duvida de um final feliz para o personagem ao lado de Maria da Paz.
Em bate papo com o Área Vip, ele conta que depois da morte de Gilda (Heloísa Jorge) quem vai atrapalhar o romance dos mocinhos será o filho, Carlito (João Gabriel D’Aleluia).
A novela está ótima na audiência, como é pra você mais esse trabalho?
Fico feliz. A ideia era essa mesmo, que desse certo. Que a novela pegasse e a gente voltasse a ter um entretenimento. Todo dia uma surpresa. O Walcyr realmente é assim. Só a cabeça dele pra funcionar desse jeito!
Fala um pouco sobre esse amor do Amadeu pela Maria da Paz. Como deve ficar a relação deles para os próximos capítulos?
Agora que a esposa dele morreu, o romance tinha tudo pra deslanchar, mas o filho dele começa a criar problema. São vários percalços, mas eu espero que eles acabem juntos no final. Afinal de contas, ele se dedicou a ela, de alguma forma, o tempo todo. E ela também.
E você acha que isso acontecerá mesmo?
Eu não sei… Não tenho um compromisso com o Walcyr nesse sentido. Meu compromisso é de fazer o melhor possível o que ele escreve. Mas ele tem toda a liberdade para levar pra qualquer caminho. Até se ele quisesse resgatar o sangue dos Matheus pelo Amadeu, está aí em aberto. Todas essas possibilidades existem de verdade, de o personagem de repente ficar mau, revoltado. Acredito que isso é uma jogada do Walcyr pra que todos os atores fiquem muito aberto pra o que possa acontecer. Não tem essa de ‘o personagem não faria isso’. O personagem faz o que o Walcyr mandar.
Já se falou na possibilidade de o Amadeu se revelar um super vilão. Existe mesmo essa chance?
Não sei ainda, quem sabe? Vamos esperar pra saber.
O que você tem ouvido mais a respeito da repercussão do personagem?
Às vezes cobram muito uma reação dele. O Amadeu é um cara de bom coração, né? Como está escrito na sinopse. Ele é o cara que foi estudar Direito pra fugir dessa briga de família. Aí a mulher ficou doente, e ele teve um respeito enorme pela doença da Gilda, mesmo não a amando mais… E a Gilda também é uma ‘gênia’ de aceitar ele nessa situação, querendo a Maria da Paz. Tem uma coisa que é muito característico de personagem de novela. Eu estou muito feliz, estou adorando fazer a novela. Ela está acontecendo como a gente imaginava, com um clima muito bom nas gravações. E o público está acompanhando esse grande drama, com essa vilania enorme… Quem é a mais malvada? (Fabiana e Josiane). É uma novela que resgata o comentário durante a novela. Eu mesmo volta e meia me pego dizendo: ‘Ah, não é possível que vai acontecer isso!’ Você fica fazendo aqueles comentários típicos de novela. Isso é muito legal.
E essa possibilidade de a Joana (Bruna Hamú) ser a verdadeira filha da Maria da Paz?
Será que é mesmo? Tem uma trama que o Walcyr ainda está guardando e que deve colocar ainda mais lenha nessa fogueira. Será que a Josiane é minha filha de verdade? Eu não sei. Eu acho que ela tem o sangue dos Matheus ali, nas atitudes dela. Mas, pra saber, só mesmo entrando na cabeça daquele maluco do Walcyr Carrasco. Vai ter tanta ideia assim, cada semana uma coisa diferente, sempre ganchos incríveis. Não para de acontecer coisas novas. Isso é novela, né? Estamos fazendo uma boa novela.
O que você deseja pra Jô e pro Amadeu no final da novela?
Pra Jô, que ela pague tudo o que ela fez, ou tenha uma redenção enorme, como foi o caso do Régis (Reynaldo Gianecchini). É incrível, né? De repente o cara virou um santo de tão bonzinho. Quer enganar quem, rapaz? Mas então, que ela pague mesmo. É muita maldade, não pode sair impune não. Agora, o Amadeu, eu espero que ele tenha paz, ao lado da Maria da Paz. Porque, quanta complicação, não? Mas eu acho que vai dar tudo certo.
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E a relação com o filho, Carlito, agora que Gilda morreu?
Agora o garoto vai botar pra fora todo o drama que ele viu a mãe sofrer. O Walcyr vai trazer à tona essa revolta dele de não querer aceitar (o relacionamento com Maria da Paz). Também entra muito dessa coisa da adolescência e tal. Eu achei bem legal. E acho que o João está precisando de boas cenas, porque o garoto é muito bom ator.
Como você acha que o Amadeu vai levar essa questão do filho ser contra o romance com a Maria?
Então, aqui eu posso dar um spoiler de leve. O Amadeu vai ter um encontro com a Maria da Paz, jogar ela na parede. Ela vai mencionar o filho dele, e o Amadeu responderá: ‘meu filho é só uma criança’. Como quem diz, ‘o garoto eu controlo, eu vou cuidar’. E a Maria responde: ‘mas ele é uma criança que pensa, que sofre, vamos dar um tempo pra ele, eu vou conquistá-lo’.
Você não acha que às vezes a Maria da Paz e o Amadeu são meio bobos, ingênuos demais?
Essa pergunta tem que fazer pro Walcyr, né? Mas acho que os mocinhos, de alguma forma, carregam esse ‘peso’ de ter que ser meio bobos. Porque, se eles fossem muito espertos, tudo se resolveria logo! Mas, nos últimos capítulos, eu espero que tenha uma virada aí.
Muita gente diz que sente falta do Amadeu dos primeiros capítulos da novela. Você sente essa cobrança por parte do público?
Cara… É o que eu te disse. Quando o Walcyr me convidou, eu sabia que foi uma novela pensada pra entrar nesse horário. Uma novela que ele teve que criar de forma rápida. Então não posso querer dele isso ou aquilo pro meu personagem. Eu não fico criticando ou fazendo nenhum tipo de julgamento. Entendo que serve à história que ele fique um pouco passivo e um pouco à margem. Eu sei que as pessoas sentem falta. Eu sei que ele entrou com uma força, tinha aquela coisa mais rural também… Eu acho que o Walcyr precisa contar a história de todo mundo. Eu prefiro pensar que eu estou servindo a uma história, entendeu?
Você gosta de fazer mocinhos ou vilões?
Os mocinhos das novelas são personagens mais complicados, mas alguém tem que fazer esse trabalho. E eu gosto de fazer também. É claro que a vilania é sempre mais rica, né? E essa coisa do mal que se transforma no bem também tem uma força muito grande, como no papel do Gianecchini. O povo gosta. Mas agora a ideia é que o Amadeu venha com mais ‘pressão’. Pode ser que, lá pro final, ele ganhe mais força também. Acho que ele vai ficar mais ativo daqui pra frente, no sentido de resolver as coisas. Vai confrontar mais a filha, vai sair desse lugar tão passivo.
Como a Júlia, sua filha com a Amora Mautner (diretora de A Dona do Pedaço) enxerga essa parceria profissional dos pais?
Ela está adorando! É a primeira vez que ela vivencia isso, de ver o pai e a mãe trabalhando juntos. Porque eu já trabalhei com a Amora antes de a gente casar. Mas, como ex, é a primeira vez. Está sendo muito bom, tanto pra mim e pra Amora, no sentido de estabelecer uma comunicação mais rápida em relação à Júlia, quanto pra Júlia, no sentido de nos ter mais próximos. E a Amora que me convidou. Se a minha ex me convidou, é um bom sinal.
Além de interpretar, você já também já atuou como produtor em vários filmes. Pensa em dirigir também?
Penso sim. Inclusive, quando eu era casado com a Amora, eu até decupava algumas cenas pra ela. Eu gosto disso. Sou muito palpiteiro. Cada vez mais eu estou amadurecendo esse lado e tenho um projeto pra dirigir, que ainda estamos vendo se vai acontecer mesmo.
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