Clebson Teixeira, marido de Lulu Santos, usou as redes sociais para fazer um desabafo. Ele queria fazer uma boa ação ao ajudar uma amiga que estaria precisando de sangue para sua filha recém-nascida, mas foi impedido de doar.
O Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem uma regra que estabelece que, homens que tiveram relação sexual com outros homens nos 12 meses anteriores podem ser negados a doar sangue. Segundo a Anvisa esse argumento é usado para reduzir o risco de contaminação por HIV em uma transfusão.
A comunidade LGBT , ativistas e entidades de direitos humanos, que a consideram discriminatória não concordam e condenam essa regra. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público Federal (MPF) também já se manifestaram contra tais normas.
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Na tarde da última sexta feira (1), Clebson usou seu Instagram e falou sobre o ocorrido: “No início da semana a filha recém-nascida de uma grande amiga precisou de uma transfusão de sangue (ela nasceu prematura). No grupo do trabalho ela perguntou quem poderia ajudá-la… Logo me dispus a ser um dos doadores, porém relatei que possivelmente eu não estaria apto a realizar a doação, já que há algum tempo havia escutado uma história de que o “sistema” possui restrições a doação.já que há algum tempo havia escutado uma história de que o “sistema” possui restrições a doações de homo afetivos.
“Neste momento causei o maior espanto nas pessoas, pois nenhuma delas sabia desse impedimento, e me perguntaram qual seria o motivo de tal restrição. Após isso fui me inteirar sobre o assunto, fiz algumas pesquisas, li um pouco, perguntei a alguns amigos da área de saúde e finalmente obtive a resposta.O que acontece é que, segundo portaria nº 158, de 4 de fevereiro de 2016, homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou as parceiras sexuais destes em um período de até um ano antes da doação são considerados inaptos a fazer a doação”, continuou ele.
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“A justificativa é que assim como os usuários de drogas injetáveis, também fazemos parte de um grupo chamado “grupo de risco”, em que homossexuais do sexo “masculino” estão sujeitos a uma maior exposição ao vírus HIV, e que como existe um intervalo entre algumas infecções e sua possível detecção em exames, pode ser que os testes não consigam identificar o vírus… é como se os heterossexuais estivessem isentos a essa possibilidade”.
“Desta forma, gostaria de pedir a todos os amigos heterossexuais que estão lendo essa mensagem até o final, para irem até um hemocentro ajudar quem esteja precisando, muito obrigada”.
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