O estado de saúde de Paulinha Abelha continua gravíssimo. Nesta terça-feira (22), a equipe médica que acompanha a cantora da banda Calcinha Preta fez uma entrevista coletiva sobre o estado de saúde da artista, no Hospital Primavera, em Aracaju.
Segundo os médicos, a cantora chegou a unidade de saúde no dia 17 de fevereiro já em coma e continua em coma grave, ou seja, em rebaixamento severo sensório. Eles descartaram a possibilidade de uma possível infecção bacteriana no cérebro e evidências de morte encefálica.
Os médicos ainda evidenciaram o grau do coma. “A pergunta que a gente faz agora é quais as etiologias que justifiquem um pessoa estar em um coma, em uma Escala de Glasgow 3, que é a nota mais baixa que você pode ter numa escala de classificação de coma”, explicou o médico neurologista, Marcos Aurélio Alves.
A equipe informou que o uso abusivo de diuréticos pode levar a lesão renal de caráter crônico, mas nenhum exame comprova lesão prévia, como também não há sinal de lesão crônica. “Não temos nenhuma evidência que ela tinha lesão previa. A gente trabalha com possibilidade de uma lesão renal aguda. O toxicológico é um exame que mensura a urina que faz um painel extenso até de substâncias que a gente não está nem colocando como possibilidade e encontra. O tratamento já foi discutido entre nós e do ponto de vista das lesões que tem hoje, a gente não consegue estabelecer nenhuma relação”, disse o diretor técnico do hospital, Ricardo Leite.
Paulinha Abelha, do Calcinha Preta, segue em coma na UTI
Os médicos investigam, agora, um caso de intoxicação medicamentosa, uma vez que, a combinação com outros medicamentos pode gerar uma lesão celular, que pode lesionar célula hepática, renal e neurológica. “Hoje nosso interesse é mantê-la viva. E não está sendo uma função fácil”, disse o neurologista Marcos Aurélio, quando questionado sobre a possibilidade de a cantora vir a apresentar sequelas.