A escritora e jornalista Marina Colasanti faleceu na madrugada desta terça-feira, 28 de janeiro, em sua residência em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Aos 87 anos, a autora de mais de 70 obras, reconhecida por seu talento em literatura infantil, poesia, contos e crônicas, deixa um legado literário e cultural de grande relevância.
Ainda não foi divulgada a causa de sua morte, e o velório ocorrerá no Parque Lage, onde Marina viveu entre 1948 e 1956. A cerimônia está marcada para as 9h às 12h desta quarta-feira, 29 de janeiro.
Marina nasceu em 26 de setembro de 1937, em Asmara, na Eritreia. Passou parte de sua infância na Líbia e na Itália antes de se mudar para o Brasil, em 1948, devido à situação difícil na Europa pós-Segunda Guerra Mundial. Foi no Rio de Janeiro que se consolidou como escritora e jornalista.
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Ao longo de sua carreira, Colasanti foi agraciada com o Prêmio Jabuti nove vezes e, em 2023, recebeu o Prêmio Machado de Assis, um dos maiores reconhecimentos literários do Brasil. Ela descreveu essa conquista como uma honra ao conjunto de sua obra, que, segundo ela, “continua valendo”. Sua produção, marcada pela diversidade, abordou temas como o feminino, a arte, a literatura, os problemas sociais e o amor, tanto nos livros quanto nas crônicas e ensaios.
Carreira como jornalista
Além de escritora, Marina também teve uma carreira brilhante como jornalista. Trabalhou no Jornal do Brasil de 1962 a 1973, onde se dedicou à redação, ilustração e editorias. Também colaborou com revistas renomadas como Cláudia, Fatos e Fotos e Joia. Na televisão, Marina atuou como apresentadora, entrevistadora e editora. Ela também foi artista plástica e suas ilustrações deram vida a muitas de suas obras literárias.
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Marina era casada com o poeta Affonso Romano de Sant’Anna e deixa uma filha, a atriz, roteirista e diretora Alessandra Colasanti, além de um neto. Com sua partida, o Brasil perde uma das mais importantes vozes da literatura contemporânea.
Colaborou: Renan Santos