Faleceu na madrugada desta quinta-feira, dia 4, em sua casa no Rio de Janeiro, o ator Fernando Torres. Nascido em Guaçui, no Espírito Santo, em 14 de novembro de 1927, o ator deixa a esposa Fernanda Montenegro e dois filhos, o cineasta Claudio Torres e a atriz Fernanda Torres.
Fernando Torres fez parte do Teatro Brasileiro de Comédia e fundou o Teatro dos Sete, em 1959, ao lado de Gianni Ratto, Sergio Britto, Ítalo Rossi e Fernanda Montenegro, com quem se casou em 1952. Sua impecável direção em “O beijo no asfalto”, de Nelson Rodrigues, lhe rendeu o título de diretor revelação. Após o término da companhia, em 1966, ele passou a dirigir espetáculos que o consagraram em sucessos de público e crítica, como “A Mulher de Todos Nós”, de Henri Becque e “O Homem do Princípio ao Fim”, de Millôr Fernandes. Sempre inserido no universo da cultura teatral, recebeu o Prêmio Governador do Estado da Guanabara com “Amante de Madame Vidal”, de Louis Verneuil, onde revelou uma visão crítica sobre os costumes da época, em 1973. Três anos depois, foi eleito melhor ator pela Crítica Teatral da Cidade de São Paulo.
Na TV Globo estreou como diretor na novela ‘Minha Doce Namorada’, em 1971. De lá para cá, reuniu sucessos de direção e atuação com personagens como o Tio Romão, em ‘Amor com Amor se paga’. Atuou ainda em ‘Baila Comigo’, ‘Sétimo Sentido’, ‘Amor com Amor se Paga’ e ‘Zazá’. Seu último trabalho na emissora foi o personagem Alessio Lacerda, em ‘Laços de Família’, de Manoel Carlos, em 2000. No cinema, atuou em sucessos como “Engraçadinha Depois dos Trinta”, de J.B.Tanko, “Veja Esta Canção”, de Cacá Diegues, entre outros.