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Morre aos 85 anos Clery Cunha, cineasta de ‘Joelma 23º Andar’ e ‘O Rei da Boca’

Diretor trabalhou em filmes populares como 'Os Desclassificados' e 'O Outro Lado do Crime'

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Matheus Nunes
Matheus Nunes
Jornalista formado pela UNISUAM (Centro Universitário Augusto Motta) desde 2020. Apaixonado pelo mundo televisivo e tecnológico, atuo na área de entretenimento há dois anos cobrindo reality shows, famosos, televisão e novelas, com passagem por outros portais. No Área VIP, trago as notícias mais quentes da TV e das celebridades.
Clery Cunha - Cineasta (Reprodução: Instagram)
Clery Cunha – Cineasta (Reprodução: Instagram)

Clery Cunha morreu nesta quinta-feira, 4 de julho, aos 85 anos. O artista tratava um câncer e morreu em casa, em São Paulo. Ele era cinesta e ficou muito conhecido por trabalhos como “Os Desclassificados”, com Hélio Souto e Joana Fomm num suspense inspirado em um crime real, e “Joelma 23º Andar”, filme com Beth Goulart, que reconta o incêndio do edifício Joelma, em São Paulo, e que o consagrou como pai do cinema espírita.

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O cineasta nasceu em Leopoldo de Bulhões, em Goiás. Ele começou sua carreira em 1956, como operador de cabo da TV Tupi. Após atuar na área técnica, virou ator em programas como o “TV de Vanguarda”, seguido de trabalhos no teatro -atuando em “Sorocaba Senhor” e “O Amor Venceu”, dirigindo “Pluft, o Fantasminha” e “Entre Quatro Paredes”-, além de ter trabalhado também como produtor de rádio.

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De acordo com a Folha de São Paulo, foi o cinema que deu a maior projeção ao famoso. Um dos seus maiores sucessos foi “Joelma 23º Andar”, de 1980, que misturou cenas ficcionais com imagens reais da tragédia no edifício que sofreu um incêndio em 1974.

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A trama reconstitui a morte da digitadora Volquimar Carvalho dos Santos, que faleceu asfixiada junto de outras colegas na ocasião. Depois, o médium Chico Xavier psicografou uma carta em que o espírito de Volquimar, supostamente, relata seus últimos momentos. O texto integra o livro “Somos Seis”.

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Ainda segundo a Folha, ele era admirador de quadrinhos, seriados policiais e faroestes, e produziu filmes de apelo popular produzidos na chamada Boca do Lixo, na região central de São Paulo. Depois de “Os Desclassificados”, de 1972, dirigiu, no ano seguinte, “A Pequena Órfã”, melodrama baseado na telenovela da TV Excelsior, com participação do sambista Noite Ilustrada.

Em “Pensionato de Mulheres”, de 1974, conseguiu juntar nomes como Magrit Siebert e Helena Ramos num trabalho com roteiro de Joana Fomm e diálogos de Ody Fraga. Durante o sucesso de “O Menino da Porteira”, produziu ainda a comédia “Chumbo Quente” com a dupla sertaneja Léo Canhoto e Robertinho, com toques de faroeste spaghetti e de teatro circense.

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Essa aproximação com o universo popular televisivo se refletiu ainda em “O Outro Lado do Crime”, de 1979, com participação e narração do repórter policial Gil Gomes, e “O Rei da Boca”, de 1982, que reconta a ascensão e queda de um rei do submundo paulistano, inspirado na vida de criminosos como Hiroito Joanides de Morais e Joaquim Pereira da Costa.

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Matheus Nunes
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Jornalista formado pela UNISUAM (Centro Universitário Augusto Motta) desde 2020. Apaixonado pelo mundo televisivo e tecnológico, atuo na área de entretenimento há dois anos cobrindo reality shows, famosos, televisão e novelas, com passagem por outros portais. No Área VIP, trago as notícias mais quentes da TV e das celebridades.