Sacheen Littlefeather, atriz e ativista que entrou para a história com seu discurso contra a representação indígena de Hollywood no Oscar de 1973, morreu no último domingo (2). A famosa de 75 anos morreu em Novato, no norte da Califórnia, e estava rodeada por entes queridos no momento de sua partida.
A notícia foi divulgada em primeira mão pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. A organização se reconciliou com Sacheen em junho e, inclusive, chegou a organizar uma homenagem a ela á cerca de duas semanas.
+ Famosa atriz morre aos 28 anos, vítima de esfaqueamento no Rio de Janeiro
Em 2018, Sacheen Littlefeather anunciou que havia sido diagnosticada com câncer de mama em estágio 4, com metástase.
Academia pede desculpas a Sacheen
Há alguns meses, a atriz recebeu um pedido de desculpas formal da Academia por conta da maneira que ela foi tratada em 1973. Na época, a famosa subiu no palco em nome de Marlon Brando para que recebesse o Oscar que ele conquistou por sua atuação em O Poderoso Chefão (1972).
No palco, Sacheen não hesitou em ler uma mensagem escrita por Brando, na qual era criticado os estereótipos nativos americanos perpetuados pela indústria, entre outras coisas.
+ Will Smith é banido do Oscar por 10 anos após tapa na cara de Chris Rock
“Quando vocês nos estereotipam, vocês nos desumanizam”, disparou ela na época. A declaração de Littlefeather dividiu a opinião do público e, com isso, ela foi vaiada, mas também aplaudida.
John Wayne foi segurado para não subir ao palco
John Wayne acabou se revoltando e acabou tendo que ser segurado por seis seguranças para não subir ao palco para comprar briga com Sacheen.
O discurso da jovem indígena entrou para a história porque foi a primeira vez que houve um discurso político no Oscar. Também foi a primeira vez que um vencedor recusou receber o troféu que havia ganhado. O momento causou a indignação de muitos, além de ser considerado uma brincadeira de mau gosto.
Colaborou: Beatriz Evaristo