O renomado compositor, cantor e escritor francês Charles Dumont faleceu nesta segunda-feira (18), aos 95 anos. A notícia foi confirmada por sua esposa à agência AFP e ganhou destaque no jornal Le Monde. Dumont já enfrentava uma doença há algum tempo, mas a natureza específica do problema não foi divulgada.
Dumont ficou mundialmente famoso por sua parceria com Edith Piaf, especialmente pela icônica música Non, je ne regrette rien, criada em colaboração com o letrista Michel Vaucaire. Curiosamente, a canção foi rejeitada por Piaf no início, já que ela estava relutante em trabalhar com a dupla.
No entanto, Dumont a convenceu a apresentar a música no lendário Olympia Hall, em Paris, onde o sucesso foi instantâneo. A parceria entre eles rendeu mais de 30 canções, marcando para sempre a história da música francesa. Em uma entrevista à AFP em 2015, Dumont relembrou essa conexão especial. “Minha mãe me deu à luz, mas Edith Piaf me trouxe ao mundo”, afirmou o músico.
Nascido na cidade de Cahors, França, Dumont mostrou desde cedo uma paixão pela música, especialmente pelo jazz. Ele chegou a se formar como trompetista no Conservatório de Música de Toulouse, mas precisou abandonar o instrumento após uma cirurgia nas amídalas.
Carreira no cinema
Apesar disso, seguiu uma carreira brilhante como compositor, expandindo sua atuação para além de Piaf. Dumont trabalhou com artistas renomados como Barbra Streisand, para quem compôs Le Mur, faixa do álbum Je m’appelle Barbra (1966).
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O talento de Dumont também brilhou no cinema francês, onde assinou trilhas sonoras de filmes do diretor Jacques Tati, como As Aventuras de M. Hulot no Tráfego Louco (1971) e Parada (1974). Sua última apresentação ao vivo foi em 2019, em Paris, um momento especial em que ele compartilhou sua arte com o público pela última vez.
Colaborou: Renan Santos