Morreu nesta terça-feira (30), o último líder da antiga União Soviética, Mikhail Gorbachev, aos 91 anos. Segundo o g1, a notícia foi confirmada pelo Hospital Clínico Central da Academia Russa de Ciências, em Moscou.
Govachev foi responsável por implantar o processo de abertura política na então potência comunista. Ele também ficou na história ao negociar com os Estados Unidos o fim da competição por armamento nuclear, recebendo o Prêmio Nobel da Paz em 1990.
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Ele será enterrado no cemitério Novodevichy, em Moscou, em um túmulo familiar ao lado de sua esposa. De acordo com o portal local Mash, na véspera de sua morte, Gorbachev foi ao hospital para fazer hemodiálise.
O nome de Gorbachev faz parte de muitas decisões importantes na União Soviética e ficou conhecido na história como o homem que acabou com a Guerra Fria sem violência. Porém, muitos russos o condenavam por ter iniciado as ousadas reformas de abertura (Perestroika e Glasnost) que levaram ao colapso da URSS, dando início a um período economicamente difícil para os países que faziam parte dela.
Uma liderança de muitas mudanças
Em 1986, após assumir a liderança da União Soviética, Gorbachev anunciou uma série de reformas que visavam revitalizar a União Soviética. Perestroika (reestruturação) e glasnost (abertura) são algumas das medidas que acarretaram maior abertura política e econômica do estado soviético.
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Com a reorganização que incluiu um novo Congresso, a União Soviética teve em 1989 as primeiras eleições desde 1917. Gorbachev foi eleito presidente e tomou posse em 1990, ano seguinte à queda do muro de Berlim.
No mesmo ano, recebeu o Nobel da Paz por “seu papel no processo de paz que hoje caracteriza partes importantes da comunidade internacional”, segundo disse a entidade na ocasião. Ultimamente ele presidia a Fundação Gorbachev, dedicada a programas de caridade e à educação.