O mundo da moda perdeu um grande ícone. O estilista Pierre Cardin morreu nesta terça-feira (29) aos 98 anos. Ele estava no hospital americano de Neuilly-sur-Seine, ao lado de Paris. A morte foi confirmada pela família à Agência France Presse, mas a causa não foi divulgada.
“Dia de grande tristeza para toda a nossa família, Pierre Cardin já não está. O grande costureiro que foi, atravessou o século, deixando à França e ao mundo uma herança artística única na moda, mas não apenas isso Todos temos orgulho da sua ambição tenaz e da ousadia que demonstrou ao longo da vida.”, escreveu a família em um comunicado.
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O estilista foi um dos responsáveis pela retomada da alta costura na França depois da guerra e ícone do “prêt-à-porter”. Também introduziu grandes tendências da moda, como as coleções exclusivamente masculinas e as peças unissex.
Ele também foi pioneiro nas licenças no mundo da moda, o que permitiu a internacionalização de seu trabalho. Com sede na França, sua grife se tornou muito popular na Ásia e nos Estados Unidos. Além da moda, Cardin tinha negócios de hotelaria, perfumaria e restaurantes, que fazia questão de administrar.
No ano passado, um documentário em sua homenagem foi exibido no Festival de Veneza. ‘House of Cardin’, de P. David Ebersole e Todd Hughes, mostra momentos-chave de sua carreira com um retrato pessoal do estilista.
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Cardin nasceu em Veneza, na Itália, com o nome de Pietro. Seus pais, agricultores italianos, migraram para a França para fugir do fascismo quando ele tinha dois anos. O estilista se naturalizou francês. Ele começou a trabalhar com moda e costura aos 14 anos, como alfaiate na cidade de Saint-Etienne. Depois, foi para uma casa de moda em Vichy e trabalhou, posteriormente, como contador na Cruz Vermelha.
Em 1944, ingressou na casa Paquin, em Paris, da renomada estilista Jeanne Paquin. Ali, foi responsável pela criação dos figurinos do filme “A bela e a fera” (1946).