Mais uma vez, uma artista negra recebeu comentários racistas nas redes sociais. Desta vez, a vítima foi a cantora Negra Li que teve o seu site oficial hackeado e o conteúdo substituído por uma foto de macaco e inúmeras ofensas.
Cansada de ler esse tipo de comentário, a famosa disse nesta quinta-feira (7) no “Encontro com Fátima Bernardes” que decidiu prestar queixa sobre o caso na Delegacia de Repreensão a Crimes de Informática em São Paulo.
“Estou superbem, que eu recebi isso supertranquilo, porque não é uma novidade na minha vida passar por preconceito racial. Eu sempre sofri preconceito. Eu vou fazer o B.O. (boletim de ocorrência) ainda, porque essa semana foi supercorrido”, falou Negra Li no programa.
A cantora também disse acreditar que isso foi feito para chamar a atenção e revelou que o autor dos ataques racistas ligo para seu empresário. “Acho que a pessoa quis mais é chamar a atenção. Parece que ela estava fazendo isso para aparecer, porque depois essa pessoa ligou para o meu empresário e ficou indignada porque o meu empresário disse que não sabia quem ele era. Já tenho todos os dados possíveis para prestar queixa”, contou.
O caso aconteceu na última segunda-feira (4) e logo depois da invasão a cantora se pronunciou no Facebook: “Já fui vítima de comentários e mensagens racistas na minha página do Facebook, mas é a primeira vez que tenho o meu site hackeado.
É inacreditável que, em pleno momento em que vivemos, ainda existam pessoas com um pensamento tão limitado, com disposição e energia para promover o ódio e a ignorância.
Tenho muito orgulho da minha trajetória e de tudo que sou e represento, por isso, não me abalo e não deixo que situações como essa tirem a minha paz. Minha posição foi sempre de apagar os comentários, ignorar e seguir em frente sem dar ibope ou rebater esses tipos de críticas. Peço a Deus que um dia essas pessoas possam enxergar o mal que fazem a si próprias e ao mundo e sejam capazes de mudar suas atitudes”.
Lembrando, que Ludmilla e Tais Araújo também foram vítimas de comentários racistas nas redes sociais, prestaram queixa e descobriram a identidade dos autores.
Colaborou Maíra Lobo
