O humorista Marcius Melhem, ao lado de Marcelo Adnet, foi o convidado especial do ‘Conversa com Bial’, exibido nesta última quarta-feira (18). Por lá, ele comentou sobre o humor relacionado a política.
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Marcius Melhem falou sobre a reação do público com as brincadeiras que ele faz com os governantes, como a paródia de Chaves que foi feita com o presidente da República Jair Bolsonaro:
“Era uma crítica muito mordaz logo no começo do governo. Quando o humor consegue juntar uma referência clássica e uma referência política, pega muito na veia. Aí todo mundo que tem uma visão crítica sobre o governo reagiu positivamente, teve uma repercussão gigantesca e os apoiadores do Bolsonaro reclamaram”, disse ele a Pedro Bial.
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Em seguida, o humorista defendeu o humor no Brasil e afirmou que, não importa sendo de direita, nem de esquerda, o humor sempre será crítico ao governo: “Tem essa coisa de que quando você faz uma crítica ao governo está fazendo uma crítica ao Brasil, como se o governo se confundisse com o Brasil. Os governos passam, o Brasil fica. O Estado brasileiro é uma correlação de forças, das quais a liberdade de expressão é um parâmetro fundamental. O humor é crítico de qualquer governo”.
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Marcius Melhem explica que, por ser humor, as instituições não são desrespeitadas: “As instituições ficam abaixo das pessoas, e tem que estar acima. Respeito a instituição da presidência da República, mas tenho que criticar as pessoas que estão neste lugar, se elas merecerem críticas. Ao fazer a crítica a quem ocupa esse lugar, a gente está ajudando a promover ajustes na conduta e preservar a instituição”.
