O ator Pedro Novaes está fazendo o maior sucesso como o protagonista da novela ‘Malhação – Toda Forma de Amar‘, onde ele interpreta o protagonista Filipe que acaba se apaixonando por Rita (Alanis Guillen), que disputa com os pais do jovem Lígia (Paloma Duarte) e Joaquim (Joaquim Lopes) o direito de ter a filha de volta, que foi tirada dos seus braços após o nascimento.
Durante uma entrevista exclusiva ao Área Vip, Pedro falou sobre sua estreia na TV como protagonista, se ele recebe dicas dos pais, Leticia Spiler e Marcelo Novaes, se no começo ele tinha medo das criticas e das comparações, o que ele é parecido com o seu personagem, sua relação com os colegas de elenco.
Além disso, o ator falou sobre sua banda, a Fuze, como a novela trouxe mais visibilidade para a sua música e como ele consegue conciliar as gravações com os shows.
– Como foi descobrir que o seu primeiro papel na TV já seria como protagonista?
Bom, quando eu recebi a proposta isso nem foi comentado, eu nem levei isso como peso, algo que fosse fazer a diferença no que eu fosse fazer só porque era o protagonista ou não. Eu acho que independente de ser ou não, igual todo mundo aqui do elenco, a gente faz com 100% de energia, sempre, com as demandas que o personagem tem, com a atenção devida. Eu acho que se é um personagem que tem mais cenas e só me ajuda a evoluir, eu consigo tá criando. Não que quem tem menos não consiga, não é isso, é só uma questão que eu posso mais vezes ali indo gravar eu consigo ter mais experiência. Errar a gente era muito aqui, vê onde errou e melhora na próxima, isso é uma vantagem, uma parada maneira que eu tiro como uma positividade.
– Durante uma entrevista, sua mãe comentou que você já havia passado em outros testes e não aceitou atuar. Por que você recusou participar de outras novelas antes, e o que te fez aceitar o papel em Malhação?
Eu só não sentia que eu estava pronto antes, respeitei a vontade do meu corpo, da minha mente, sentia que não estava pronto para fazer. Fui para ver como era e não me sentia pronto tanto de habilidade quanto de cabeça, porque eu sei quanto tá fazendo esse trabalho demanda de uma mente bem estabilizada, de uma saúde boa, só não sentia que estava pronto. Quando pintou o teste eu estava em uma época muito boa da minha vida, e também pensando em trabalho como as coisas podiam se ajudar e se unir em relação a banda. E eu fui fazer o teste trocando ideia com a galera, tava em uma energia muito boa, fui indo adiante passando pelos workshops e tudo estava muito bom. A história foi maneira, a galera que trabalha aqui também foi uma coisa que me pegou. Foi uma coisa que eu me senti interessado, apto a fazer, me senti seguro e de novo respeitei a vontade do meu corpo. Tive uma vontade de fazer depois dos testes, queria saber como era fazer um trabalho longo assim, tinha curiosidade.
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– O quanto ser filho de atores te influenciou na decisão de seguir a profissão?
Eu sempre tive essa visão de trabalho deles, sempre respeitei muito essa profissão, sabia da demanda que era fazer essa profissão, mais um motivo para não ter aceitado no começo alguns trabalhos. Sempre respeitei muito, via como sempre uma carga muito pesada, mas ao mesmo tempo que eles estavam muito felizes com tudo, por trabalhar. Mas a decisão em si não foi por causa deles, não foi porque eu estava almejando uma coisa na frente, eu só quis fazer, foi uma coisa muito natural, foi uma decisão minha. Eu acho que por ser filho deles, eu tive sempre essa influencia em casa, sempre vi isso como o trabalho dos meus pais, foi tranquilo pra eu entender e falar ‘beleza, vou assumir isso também’. Mas foi uma decisão só minha, cada ser humano é um ser humano, tento sempre seguir pelo meus próprios passos, minhas próprias pernas, fazer o meu também.
– Seus pais te dão toques antes das gravações? E depois que as cenas vão ao ar eles opinam?
Sim, não tanto, não muitos, porque a gente até concorda com isso, eu tô aqui para aprender, tô aprendendo por mim também, errando mesmo, errando que se aprende. Tô aqui, tô errando, tô disposta a errar e aprender evoluir comigo mesmo, e não precisar deles, só em uma parte mais técnica. Mas com certeza eu pego toques deles, meu pai e minha mãe me deram vários toques antes de começar, tanto parte técnica, como parte de relação com as pessoas dentro da empresa. E são toques muito importantes, mas são coisas que o respeito, a humildade sempre vieram de berço. Mas nessas parte mais técnicas eles me dão uma dica ou outra, tô sempre de ouvidos abertos pra eles, porque eles são dois pilares. Para mim eles são uns dos mais cascas grossas de todos os atores que eu vejo, são meus dois pilares, meu pai e minha mãe.
– Você está sendo bastante elogiado por sua atuação em Malhação. Por ser filho de atores consagrados você ficou com medo de receber críticas?
Não, eu me desprendi dessa pressão, não me sinto pressionado por ser filho de quem eu sou. Eu tenho privilégio de ser filho deles, de poder aprender com eles. Não fiquei [com medo das críticas] porque tô fazendo o meu, tô aprendendo, tô fazendo por mim. Me sinto responsável pelas minhas próprias ações aqui. Fico feliz por esses elogios, sinto que é uma conquista minha realmente.
– Você acha que se parece com o seu personagem?
Não. Tem até várias coisas minhas, porque como ator a gente empresta muitas coisas nossas, da nossa vivências. Tento sempre passar uma mensagem legal para o público que está assistindo coisas minhas, que podem influencer quem está vendo e isso fazer diferença para o bem. Mas sinto que o Filipe tem muitas coisas diferentes de mim, ele age muito por impulso, tem uns pensamentos mas de moleque, de jovem. Tem muitas coisas parecidas, mas não é a mesma coisa, sou muito diferente do Filipe. E quando você entende isso, você acaba se desprendendo das tuas ações, não é você que tá fazendo, você não tá fazendo você, é um personagem. A cena veio escrito daquela forma, é para você fazer daquela forma, por mais que você não ache certo. Você vai fazer um vilão, por exemplo, tem as atitudes de um vilão são sempre retrógradas, atitudes que não tem nada a ver com as ações do bem da sociedade e você tem que assumir isso. O Filipe é um cara bonzinho, mas ele faz besteira também e tem que assumir aquela besteira, porque tá escrito para fazer. E tem algumas coisas que eu não concordo com o Filipe, que são diferentes de mim e eu faço, e eu acho isso muito maneiro.
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– Como é atuar com Paloma Duarte, Joaquim Lopes e Alanis Guillen? Vocês já se conheciam antes?
Não conhecia nenhum dos três, eu conhecia pouca gente do elenco. Paloma Duarte e Joaquim Lopes que não na pista há muito tempo, eu aprendo muito, aprendo demais e só observando como eles fazem eu consigo aprender tanta coisa, que você não tem noção, eu me sinto privilegiado de tá trabalhando com eles. Com a Alanis também, ela é uma menina muito tranquila, de boa, ela tá aqui para trabalhar, é uma coisa leve, a gente joga sempre leve. E a Paloma e o Joaquim também, a gente leva o trabalho com leveza, com profissionalismo, mas com leveza. E isso é uma coisa que eu dou valor, porque eu sou assim na vida, gosto de levar as coisas leves. E para mim é um privilégio estar trabalhando com a Alanis e com a Paloma e o Joaquim nem se fala, é muito gratificante mesmo.
– O Filipe vive um dilema por causa da Rita e dos seus pais. Se você passasse pela mesma situação do seu personagem, você enfrentaria a sua família para viver esse amor?
Eu tenho um ideal que a minha família vem em primeiro lugar para mim, sempre, a minha família é tudo para mim. Não vivi isso, eu não sei como eu faria, porque realmente quando o amor pega a gente, um amor muito forte, fora da realidade, que acontece, é bem raro mais acontece, mas eu tentaria o máximo possível evitar um problema desses que prejudicasse a minha família. Mas se um amor que tivesse muita força, talvez não saberia como controlar, a gente não sabe como faz, quando um amor pega assim muito forte a gente não sabe o que é capaz de fazer. Mas eu sinto que tentaria ao máximo zelar pela saúde da relação com minha família, o bem estar deles, eu sempre estaria do lado da minha família. Tem atitudes do Filipe que eu não concordo, porque ele acaba colocando a família de lado, em relação algumas atitudes, ele tem várias atitudes boas ao lado da família, mas ele está muito perdidamente apaixonado pela Rita, e acaba fazendo algumas coisas por impulso, inconsequente.
– Além de atuar, você também faz parte de uma banda, a Fuze. Como você concilia as duas carreiras?
A banda Fuze pra mim é tudo, é o meu berço da arte, eu venho da música, sempre fui da música, da atuação também, mas a música sempre esteve mais presente na minha vida, e fazer as duas coisas para mim é lindo e ver eu conseguindo fazer as duas coisas. Eu fiquei pensando antes de começar se eu ia conseguir mas ai eu falei: “eu consigo, vamos lá, eu vou conseguir”. E sim, eu consigo conciliar as duas coisas, a gente sempre consegue agendar, com uma agenda bem certinha, com os horários bem encaixados a gente consegue fazer tudo. Cada vez mais pintando oportunidades para a banda, e pegando um gancho com a Malhação, que tem um público jovem, muito fiel. E nesse lugar de como conseguir trazer esse público que assiste Malhação e mostrar para eles que a gente tem um conteúdo muito maneiro de entretenimento, de música, que é arte e é sensível, que tem uma mensagem purificadora, maneira, de amor, de vida. Então trazer esse público para banda, a gente tá conseguindo fazer isso graças a Deus. Tá dando para conciliar perfeito, trabalhando muito, é muita coisa para fazer, e eu gosto disso, não é uma reclamação, eu gosto de tá trabalhando de tá ativo, da minha cabeça tá trabalhando tá pensando. Sempre dá para achar um fim de semana e dar uma relaxada , dá um mergulho na cachoeira para purificar a alma, um mergulho no mar e graças a Deus a gente tem o privilégio de tá morando no Rio de Janeiro , que tem a natureza próxima pra limpar a nossa alma. Mas vamos embora, tem a banda e a Malhação e dá para conciliar perfeito.
– Você costuma acompanhar o que o público fala sobre a novela e seu personagem nas redes sociais?
Eu acompanho algumas coisas, confesso que não acompanho tudo, mas acompanho algumas coisas. Mas eu acredito que eu tô fazendo aqui em relação a direção, tô aqui trabalhando com o que eu acho o que a direção acha, então eu fico mais andando por aqui, na construção do personagem, do que realmente o que o público está pensando. Porque na verdade eu trabalho aqui, eu tenho que seguir uma ordem do diretor, se ele falar ‘Pedrão tem que jogar o personagem mais para esse lugar’, beleza vamos lá. Vai vir uma reviravolta do Filipe com a Rita que eu tenho certeza que o público não vai gostar, mas é isso, vamos lá, essa é a novela, é a parada É como fazer isso ficar interessante. É isso, costumo ver algumas coisas só, mas tô sempre ligado no que a galera tá falando. Os elogios muito bem-vindos, adoro. As criticas construtivas também são super bem aceitas.
– A Malhação é uma novela teen e muitos fãs passam a te ver como uma referência, como você lida com isso? Na hora de fazer alguma postagem você leva isso em conta?
Sim. Como a gente neste trabalho acaba sempre atingindo um público maior, você se sente um pouco responsável por passar uma mensagem positiva, tentar influenciar, fazer a diferença para o bem. E se esse caminho é a rede social, vamos tentar fazer a diferença pro bem na rede sociais. Eu acho a rede social é uma coisa muito superficial, na minha opinião, você não tem como conhecer uma pessoal através da rede social. E eu lido isso vendo o perfil de outras pessoas e olhando o meu também. Eu se que as coisas que eu posto não quer dizer quem eu sou realmente, sim, tem muitas verdades, tanto é as mensagens positivas eu sempre posto, tanto da banda tanto as mensagens que eu posto de positividade, eu sempre tento tá fazendo a diferença para o bem, mas essa é a minha opinião. Se você quer conhecer uma pessoa, tem que parar na frente dela para conhecer a fundo. A rede social é mais uma camada superficial , que é uma verdade, só que mais superficial. Mas eu não me sinto no dever de mudar tudo, mas eu sinto que o que eu posso fazer através da rede social eu consigo.