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Rafael Cortez chora triste morte: “Muito Obrigado”

O humorista Rafael Cortez, em suas redes sociais, acabou fazendo um desabafo e tanto sobre uma triste morte.

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Victor Arioli
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Rafael Cortez - Reprodução: Band
Rafael Cortez – Reprodução: Band

É, caros leitores, a morte do musicólogo e jornalista Zuza Homem de Mello acabou deixando a todos os seus admiradores tristes. No entanto, se tem alguém que ficou ainda mais, foi o humorista Rafael Cortez.

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+ Morre jornalista Zuza Homem de Mello, aos 87 anos

O artista, através de suas redes sociais, fez um longo texto, onde comentou toda a admiração. Rafael Cortez deixou a todos os seus fãs emocionados com o seu relato sobre a sua relação com Zuza Homem de Mello.

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Ele iniciou: “Zuza Homem de Mello morreu dormindo. Aos 87 anos, lúcido, na ativa, feliz por tantos projetos realizados. Jornalista musical, Musicólogo e defensor da legítima MPB: ele tinha uma enorme inteligência, conhecimento, cultura e compromisso com sua verdade e seus valores”, disse.

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Ele contou como conheceu o ícone: “Fiquei amigo do Zuza, um amigo mais virtual. Em 2015, iniciando as gravações do Música Divertida Brasileira, meu projeto de releituras de canções divertidas da MPB em versões pop-rock, ao lado da banda Pedra Leticia, pedi ajuda a ele”, disse, explicando: “O velho Zuza me deu dicas de onde encontrar os nomes dos compositores e editoras de algumas das canções. Me deu o caminho das pedras para muitas coisas, e no encarte do nosso CD o creditei como uma espécie de “consultor”. Ele ficava agradecido com o carinho e o respeito, e dizia gostar muito de mim, a quem sempre desejou sorte na carreira”.

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Zuza Homem de Mello morreu dormindo. Aos 87 anos, lúcido, na ativa, feliz por tantos projetos realizados. Jornalista musical, Musicólogo e defensor da legítima MPB: ele tinha uma enorme inteligência, conhecimento, cultura e compromisso com sua verdade e seus valores. Fiquei amigo do Zuza, um amigo mais virtual. Em 2015, iniciando as gravações do Música Divertida Brasileira, meu projeto de releituras de canções divertidas da MPB em versões pop-rock, ao lado da banda Pedra Leticia, pedi ajuda a ele. O velho Zuza me deu dicas de onde encontrar os nomes dos compositores e editoras de algumas das canções. Me deu o caminho das pedras para muitas coisas, e no encarte do nosso CD o creditei como uma espécie de “consultor”. Ele ficava agradecido com o carinho e o respeito, e dizia gostar muito de mim, a quem sempre desejou sorte na carreira. Mas a troca de gentilezas não o impedia de se colocar: ele não gostou da sonoridade do MDB, não gostou da banda e, quando foi ao show de lançamento do meu disco de MPB ano passado, foi embora no final da quarta música. Eu vi isso de cima do palco e fiquei desestruturado. No dia seguinte ele me mandou um e-mail dizendo que eu estava cantando canções que não se alinhavam com o que ele gosta, e que não gostou de eu ter feito algumas piadas entre uma música e outra. Com muito respeito expliquei a ele qual era a proposta daquele meu show, e ainda me dei a liberdade de um “puxãozinho de orelha”: como ele ia embora assim? Ele podia imaginar o que significou aquilo para mim, sendo ele um dos meus heróis musicais? A isso, ele me respondeu da seguinte forma: "Não fique chateado. Ter ido a seu show é prova da consideração que tenho por você; compreendo os obstáculos de uma carreira no momento que atravessamos. Siga em frente. Não tenho o menor interesse pelo numero de visualizações que são propagados como prova de qualidade dos que só tem isso para convencer as pessoas. Minha régua é outra e dela não abro mão”. Eu entendi, e a amizade seguiu. Há poucos dias lhe dei parabéns pelo aniversário de 87 anos. Ele respondeu com “que saudade, amigo!” Hoje, o parabenizo por uma vida de coerência e paixão, mesmo qdo doeu para mim.Obrigado, querido Zuza!

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O artista prosseguiu e, chegando ao final, arrancou ainda mais lágrimas: “Ter ido a seu show é prova da consideração que tenho por você; compreendo os obstáculos de uma carreira no momento que atravessamos. Siga em frente. Não tenho o menor interesse pelo numero de visualizações que são propagados como prova de qualidade dos que só tem isso para convencer as pessoas. Minha régua é outra e dela não abro mão”.

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Rafael Cortez finalizou: “Eu entendi, e a amizade seguiu. Há poucos dias lhe dei parabéns pelo aniversário de 87 anos. Ele respondeu com “que saudade, amigo!” Hoje, o parabenizo por uma vida de coerência e paixão, mesmo qdo doeu para mim. Obrigado, querido Zuza”.

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Victor Arioli
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