A passagem de Regina Duarte pelo Governo Jair Bolsonaro foi cheio de polêmicas. Em seus últimos dias na pasta, a então secretária Especial de Cultura, surpreendeu ao dar uma entrevista à ‘CNN’ e minimizou as mortes e torturas no período de ditadura no Brasil.
Agora, de acordo com o colunista Ancelmo Gois, do Jornal O Globo, a atriz e ex-secretária de Cultura terá que responder na Justiça pelas falas inconsequentes. A jornalista Lygia Jobim, filha do diplomata José Jobim, morto durante o período de ditadura no Brasil, entrou com um processo que envolve ainda o Ministério do Turismo, responsável pela pasta.
Segundo o jornal O Globo, Lygia Jobim pede pede uma indenização de R$ 70 mil. “Fiquei horrorizada com a forma como ela naturalizou a tortura.., não há liberdade de expressão que abarque a apologia a crimes. É um acinte a todos os que foram afetados pela violência”, disse a jornalista ao jornal. Lygia disse, ainda, que entrou com o processo não apenas em nome da sua família, mas “por essa grande família de afetados” pela ditadura.
A entrevista de Regina Duarte à CNN foi realizada em tempo real. Na ocasião ela disse, entre outras coisas, que “sempre houve tortura” e achava errado “ficar cobrando coisas que aconteceram nos anos 60, 70, 80”.
Betty Faria sai em defesa de Regina Duarte
O diplomata José Jobim desapareceu em 1979 depois de denunciar o superfaturamento na construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Seu corpo foi encontrado pendurado pelo pescoço em uma árvore pequena dois dias depois do desaparecimento. . Em 2018, o Estado reconheceu que Jobim havia sido torturado e morto pelo regime militar e que a hipótese de suicídio levantada na época havia sido forjada.