O Dj Rennan da Penha, muito conhecido no mundo do funk, que recentemente ganhou a liberdade após um entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre prisão em segunda instância, compareceu ao programa ‘Conversa com Bial’, na TV Globo, nesta última quinta-feira (12), e falou sobre o período em que passou na cadeia.
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Em um relato emocionante, Rennan da Penha comentou o tempo que passou por lá e ‘ressaltou que as coisas mais simples, são as que mais fazem falta’ quando você está encarcerado:
“Quando a gente tá naquele lugar ali, a esperança meio que morre. As coisas mais simples são as que fazem mais falta. Queria comer uma rabada com agrião, pensava: ‘o baile está pegando fogo e eu estou aqui'”.
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Ele, que foi preso no início deste ano em razão de sua condenação em segunda instância, por associação ao tráfico no Rio de Janeiro: “Foi um erro meu postar uma foto com uma réplica de fuzil feito de madeira com fita isolante no Carnaval de 2014. Peguei uma arma de um garotinho e tirei uma foto. Primeiramente fui acusado de ser olheiro do tráfico, que monitora a passagem da polícia na comunidade. Postei que o Caveirão estava entrando. Fui na vibe de avisar a comunidade e não sabia que ia dar tanto problema. Eu fui absolvido e depois condenado. Estamos junto com meu advogado para provar minha inocência. Não posso ser acusado por uma coisa que não cometi”.
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Rennan da Penha, que mesmo preso, ganhou um importante prêmio da música brasileira, também comentou a precariedade do sistema carcerário brasileiro: “Nosso sistema carcerário é muito precário. Em uma cela com capacidade para duas pessoas, são colocadas seis, sete. É desconfortável. Na primeira vez que fui preso, fiquei numa cela com 120 pessoas com capacidade para 75, mas não doeu tanto, porque não tinha conquistado o que conquistei”.