Desde que o Talibã assumiu o comando de Cabul, capital do Afeganistão, parte da população e estrangeiros tentam deixar o país. A repórter norte-americana Clarissa Ward, da CNN, também já conseguiu sair da cidade.
A jornalista fez um post em seu perfil no Instagram e mostrou o momento em que conseguiu entrar em um avião ao lado de refugiados. Em nosso vôo e nos preparando para a decolagem”, escreveu ela ao publicar uma foto nas redes sociais.
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A jornalista enfrentou dificuldades durante a cobertura em relação ao grupo radical que assumiu a capital afegã. Ao vivo em um dos telejornais da emissora, ela pediu para abandonar a transmissão por questão de segurança.
Em entrevista ao apresentador William Waak, da CNN Brasil, ela afirmou ter a “sensação de estar no limite” quando perguntada sobre a relação da imprensa ocidental com o grupo. “O Talibã tem sido bem receptivo e cordial com os jornalistas dizendo que podemos sair e fazer nosso trabalho com as reportagens. Mas sempre se tem uma sensação de estar no limite. Com tantos combatentes diferentes, nunca se sabe em quem você vai esbarrar e qual vai ser a reação”, afirmou.
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Clarissa negou que tenha passado a usar a abaya, vestimenta preta muito comum entre as mulheres nos países árabes, por conta da tomada do poder pelo Talibã.
Porém, nesta sexta-feira (20), o grupo começou a atacar a imprensa. Segundo o G1, Talib~s mataram parente de um jornalista que trabalhava para a Deutsche Welle (DW) no Afeganistão e era procurado pelos militantes. Outro familiar do jornalista ficou gravemente ferido.
Alguns jornalistas afegãos dizem que foram espancados e tiveram a casa invadida desde que o grupo radical tomou Cabul e voltou ao poder após 20 anos.