Neste sábado (24) Reynaldo Gianecchini, foi um dos convidados do programa ‘Altas Horas’, comandado por Serginho Groisman.
O ator se emocionou ao relembrar sua história com o pai. “A minha história com meu pai foi de uma reaproximação. A gente teve dificuldade de comunicação nos primeiros anos, até um tempo. Depois, quando eu tinha 20 e tantos anos, eu senti que eu que tinha que me reaproximar do meu pai porque ele jamais viria. A geração dele estava ainda muito dolorida, com o coração muito fechado lá de trás, um italianão durão. E eu fiz esse movimento de me aproximar. Foi muito lindo porque ele veio. Um dia eu quebrei totalmente ele quando eu estava falando no telefone e ele disse: “Vou passar para a sua mãe”. Eu falei: ‘Não, eu quero falar com você. E eu te amo’. Ele começou a chorar.”
De acordo com o Gshow, Giane continuou a história e contou que a reaproximação durou alguns anos: “Nesse movimento, que durou alguns anos, ele descobriu que estava doente, com um câncer terminal. Eu larguei toda a minha vida para ficar um pouco com ele. Esse período foi lindo. Foi muito pouco e, logo em seguida, eu descobri que eu também estava doente. Foram três meses que foram fundamentais para eu resgatar coisas lindas. Quando meu pai faleceu, eu pressenti, larguei o meu tratamento, fui até meu pai, que estava em uma cidade diferente, no interior, e ele morreu nos meus braços.”
Reynaldo Cisoto Gianecchini, o pai do ator morreu em outubro de 2011.
Emocionado, ele contou como foi o momento: “Eu comecei a cantar quando eu pressenti que ele estava morrendo, porque eu estava vendo as funções dele todas caindo. E me deu uma paz. Eu comecei a falar com ele, a cantar, e eu senti que naquele momento foi um resgate de vidas. Às vezes um gesto de amor muda tudo, muda uma existência. Eu passei a admirar tanto o meu pai. Naquele momento eu pude entender a razão dele nessa passagem por aqui, coisa que eu não era capaz antes. Foi um momento de uma transcendência muito bonita.”
Giane ainda deixou uma mensagem para os telespectadores: “Eu vejo tantas histórias de filhos com pais, é difícil mesmo. Todo mundo tem os seus carminhas. Mas eu acho que vale muito à pena a gente tentar buscar porque tem tudo a ver com a gente essa raiz. Não é à toa que ele veio como meu pai. Eu considero a morte do momento um momento de transcendência para ele e para mim. E eu sinto ele o tempo inteiro perto de mim hoje. É muito bonito!“