Samara Felippo, de 44 anos, foi surpreendia ao presenciar um episódio de racismo durante uma viagem de avião partindo de Portugal em direção a Barcelona. Nesta sexta-feira (14), a atriz usou as redes sociais para compartilhar uma reflexão sobre o comportamento preconceituoso de uma senhora de idade ao se referir a pessoas negras.
Através de seu perfil no Instagram, a intérprete da rebelde Érica Schmidt em “Malhação” (1999) revelou ter conseguido um upgrade para a primeira classe, mesmo tendo adquirido tickets para a classe econômica. Lá, ela acabou sendo reconhecida pelo seu trabalho por uma das passageiras.
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Inicialmente, a mulher começou a elogiar a desenvoltura da profissional da atuação nas telenovelas. No entanto, a situação fugiu do controle assim que a idosa reclamou do fato de pessoas negras terem começado a ganhar destaque nos folhetins depois de décadas de poucas aparições e personagens estereotipados.
“Escrevi esse texto indo para Barcelona, sozinha, mas como escrevendo muitas vezes a raiva passa mas o sentimento de revolta não, deixei para trazê-lo agora. […] Eu levantei para ir ao banheiro e me aprumar para dormir, a avó ali estava aguardando, uma senhora de seus 60 e poucos anos talvez, me viu e assim foi: – Você é atriz, né? – Sim, sou. – Ah, vi há pouco em uma novela que passou com você. Linda. – Ah, obrigada. Sim, Chocolate com Pimenta deve ser – Mas agora eles só colocam pessoas pretas para fazer novela”, escreveu na legenda.
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Em seguida, a famosa deu mais detalhes do ocorrido: “Congelei e ao mesmo tempo meu rosto começou a queimar. Eu disse de supetão: – Que bom, né!? – Ah, mas é só isso! (Ela continuou) – Mas é muito necessário, senhora – Ah, não, eu sei. Não que eu seja…. – Você é!!! Racista! É sim, pode acreditar! (e continuei) E que pessoas pretas estejam cada vez mais nas novelas, nas séries… Nisso a filha dela chegou entre nós e ela nervosa disse: – Desculpa minha mãe Não sei se ela sabia da minha vida ou se estava com um lapso de consciência. Eu encurtei o texto! Mas, muitas vezes, não falamos porque temos ‘medo’, porque a sociedade nos ensinou assim, porque não queremos causar ‘tumulto’, porque dá vergonha!”.
Confira:
