As famílias das duas vítimas fatais do acidente automobilístico provocado por Renner, da dupla com Rick, em 2001, podem ganhar, até o final deste ano, cerca de R$ 2 milhões, parte do valor estipulado pela Justiça na ação indenizatória ganha em 2007. De acordo com o jornal Extra, o montante é referente ao valor de bens que não estão no nome do cantor, mas que a Justiça de São Paulo, em primeira e segunda instância, considerou que devem ser usados para o pagamento da indenização. A defesa do sertanejo tentou levar o processo para o STF (Supremo Tribunal Federal).
Originalmente, o valor da ação estava calculado em R$ 1,08 milhão. Por causa da correção e de multas, o valor já ultrapassa a casa de R$ 3 milhões. As contas e os bens de Renner estão bloqueados, mas como a Justiça não encontrou nada no nome dele, apenas a renda de direitos autorais ainda são recolhidas. Os depósitos variam de R$ 7 mil a R$ 40 mil.
Até hoje, pouco mais de R$ 350 mil foram pagos às famílias das vítimas. “É menos de 10% do valor total”, calcula o advogado de acusação, Paulo Ciccone, que buscou provar, em juízo, que o sertanejo repassou bens e empresas para o nome de familiares e pessoas físicas para evitar que eles fossem usados para quitar a ação indenizatória.
Apesar de nada constar em seu nome, Renner vive ainda numa mansão no Alphaville, condomínio de luxo em Barueri, na Grande São Paulo. A assessoria do cantor disse que ele não se pronunciaria sobre o assunto.
Relembre o caso
Renner foi processado civil e criminalmente pela morte do engenheiro químico Luís Antônio Nunes Aceto e da namorada dele, Eveline Soares Rossi, no dia 20 de agosto de 2001, em Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo. Na ocasião, o casal andava em uma motocicleta na rodovia Luiz de Queiroz, sentido Piracicaba-Campinas, quando foi atingido pela BMW do cantor. Ele trafegava em alta velocidade, por volta de 160 quilômetros por hora, quando perdeu o controle do automóvel e invadiu a outra pista.
Renner nunca chegou a ser preso. No ano passado, ele pagou uma multa à Justiça no valor de R$ 244 mil e se comprometeu a prestar serviços comunitários para se livrar da pena de detenção por 3 anos e seis meses.