A apresentadora do programa “A Tarde é Sua“, Sonia Abrão, concedeu uma entrevista ao portal QUEM e revelou curiosidades sobre a sua vida. A apresentadora que também se arrisca como escritora, escreveu o bestseller ‘As Pedras do meu Caminho’, biografia de Rafael Ilha. Em 2019, será lançado um livro de poemas que investiga a intimidade feminina.
Biografias
Sonia escreveu uma única biografia, e no começa da entrevista foi perguntado se ela gostou de escrever do Rafael Ilha e se teria planos de escrever mais alguma.
Ela começou dizendo que não escolheu escrever sobre o Ilha, que a ideia teria surgido em uma visita no hospital: “Eu não escolhi. Eu conheço o Rafael desde a época do Polegar porque meu irmão fazia vídeos e eu acompanhava. Em uma internação do Rafa fomos visitá-lo, sem nada de jornalismo, ele começou a desabafar, e minha irmã disse ‘sua vida daria um livro’. Ele topou no ato. E da família quem escreve? Eu! (risos). Gostei do resultado. As pessoas sabem coisas pontuais dele que viram o retrato no total, ninguém imagina o que ele sofreu, e o livro dá uma ideia. O livro dá outra dimensão para uma história que as pessoas acham que conhecem”.
Sonia também contou que mesmo com as biografias em alta, ela não tem mais vontade de escrever nenhuma: “Foi a única e a última. Eu sofro de transtorno de ansiedade generalizada, sou muito ansiosa. Você me pede um livro de 200 páginas, eu escrevo contando, vai me dando uma angústia tão grande que eu não quero mais escrever livro nenhum.”
A apresentadora também falou da biografia de Anitta, escrita pelo jornalista Leo Dias e sobre escrever uma de seu primo Chorão, morto há 05 anos: “Eu não pretendo ler, não. Não gosto da maneira como ela se porta e não estou interessada na vida dela, mas é um trabalho válido. As pessoas me pedem muito a biografia do Chorão. Eu levei dois anos para escrever a do Rafael. É um documento, fora fazer ele reviver tudo aquilo, contávamos até com um psiquiatra, porque é reabrir feridas, não sabemos o que pode provocar. É algo muito sério uma biografia. Do Chorão estou pensando porque, por exemplo, a minha mãe fez aniversário, e eu queria dar de presente um livro sobre a vida dela. Eu escrevi dez páginas e tive que parar”.
E explicou o motivo de não escrever uma de Chorão: “Mexeu demais comigo e meu terapeuta mandou parar. É mexer em muitas emoções guardadas e você abre a caixa de Pandora e não sabe o que sai de lá. Do Chorão é complicado. Do jeito que tudo aconteceu, eu não me sinto preparada emocionalmente. Ele era meu primo-irmão, fomos criados juntos, o pai dele é irmão caçula do meu pai”.
Feminismo
Sonia abriu o jogo sobre um assunto que se fala muito, o feminismo: “Eu tive muita sorte na vida de ter uma mãe completamente fora da caixinha. Ela dizia ‘filha, não precisa se casar. Tenha sua profissão, ganhe seu dinheiro. Marido não precisa. Amor precisa, marido, não. E não tenha filho se não puder sustentar sozinha, porque não quero minha filha brigando por causa de pensão’. Essa era minha mãe. Então fui criada assim, ‘não siga os padrões’. Ela teve essa vida tradicional, viver para marido e filho e não sair de dentro de casa, então não queria isso pra gente. Minha mãe queria a nossa independência, para a gente fazer o que quisesse da vida. Isso foi muito fundamental.”
Amor pela literatura
Sonia contou sobre o lançamento de seu livro, o amor pela literatura e sua relação com a TV. “Em relação à TV e celebridades não tenho planos, mas em janeiro ou fevereiro sai Aos Homens que Amei. É um livro de poesia sem ser poesia, não existe essa pretensão, muito longe disso. São flashes de sentimentos femininos em relação ao amor. Ele complementa os anteriores, são 70 ou 80 poeminhas, sensações”.
A apresentadora continuou: “Sempre gostei muito de matérias de comportamento, tanto que fazia freelas para revistas no começo da carreira. Na rádio, onde fiquei dez anos, eu tinha o Consultoria Sentimental diariamente. Imagina o que ouvi de histórias! Protegidas pelo anonimato, elas falavam tudo, e existe um padrão de comportamento feminino em relação ao amor que é muito claro. Esse tipo de coisa, os sentimentos, me chamam atenção.”
Famosos mal-educados
Sonia finalizou contando o que a tira do sério e sobre a raiva que alguns famosos causam nela: “Me irrita pessoas que não têm sangue na veia. Que fazem TV como se fosse repartição pública, sem motivação. ‘Ah, tá bom’, ‘não deu’, ‘não vamos conseguir essa pauta’, eu tenho vontade de matar. Gente acomodada. Gente que não se posiciona, que fica em cima do muro eu acho horrível. Está na Bíblia: ‘Deus vomitará os mornos’. Eu não gosto de gente morna, gosto de gente que se posiciona. Pode ser para cima ou para baixo, você pode não concordar com nada, mas você sabe em que terreno está pisando. Essas pessoas lisas, que sempre saem pela tangente, me incomodam profundamente, me irritam.”
E ela finaliza contando como lida com o jeito de alguns famosos: “Nós não somos ilhas, nós somos espelhos. Então não dá para aceitar que o Eduardo Costa seja esse troglodita porque ele é espelho para muitos outros que vão dizer ‘que legal ser assim, xingar a namorada no meio da academia, muito bom’. Então sobre essas coisas você tem que colocar um outro olhar em cima, pelo menos para contrabalançar, senão vira zona”, finalizou a apresentadora.