A atriz Susana Vieira, de 80 anos de idade, abriu o coração ao relembrar da sua personagem em ‘Mulheres de Areia‘, Clarita Assunção. Sendo assim, na trama, ela foi esposa de Virgílio Assunção (Raul Cortez), e mãe dos jovens Marcos (Guilherme Fontes) e Malu (Vivianne Pasmanter).
Dessa forma, Susana Vieira ainda relembra que a sua personagem era uma mulher elegante, fina e amorosa, mas mantinha sentimentos sinceros por Virgílio, apesar de ele ser rude e grosseiro. No entanto, a sua personagem era muito preocupada com os filhos e vivia infeliz no casamento.
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Em suma, a música ‘Caminhos Cruzados’, cantada por Gal Costa, com participação especial de Tom Jobim, deu o tom da trajetória dessa personagem. Irmã de um dos maiores rivais de Virgílio, o prefeito Breno (Daniel Dantas), a quem adora, acaba se distanciando de vez do companheiro quando se apaixona por Alemão (Jonas Bloch), um homem simples e bondoso, dono de um bar em Pontal d’Areia.
Além de lidar com as rebeldias da filha, Clarita também se torna inimiga de Raquel (Gloria Pires), pois sabe que a moça tem más intenções com seu primogênito, e faz de tudo para os dois se afastarem.
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Confira a entrevista com Susana Vieira:
Clarita Assunção tentava defender os filhos sempre que podia, e tornou-se inimiga de Raquel. Na sua opinião, quais foram os momentos mais marcantes da trajetória da sua personagem em ‘Mulheres de Areia’? Clarita era uma mãe comum. Uma mulher de classe média alta e viviam todos numa casa onde o marido era muito autoritário. Ela dava palpites a respeito do casamento, da vida amorosa e futura dos filhos. É óbvio que ela se tornou inimiga da Raquel, quando ela descobre que Raquel é irmã de Ruth. Ela é enganada durante algum tempo, enquanto Raquel se faz de Ruth, mas chega uma hora que ela descobre isso e fica desesperada. As cenas mais marcantes dessa novela, para mim, eram as cenas com a Glorinha. A Gloria Pires é magistral, ela fazia tão bem a Raquel quanto a Ruth. A Raquel ficava insuportável, ela e a Clarita se peitavam, ela afrontava a sogra. Ela enganava a família toda. O que eu mais me lembro eram os embates entre Raquel e essa mãe. O que mais me encantava ao ver a novela era como, sem grandes modernidades, eram feitas as cenas de gêmeas com a mesma atriz. Eu ficava impressionada de ver a perfeição que a TV Globo imprimia nessa novela.
Após a misteriosa Cândida, de ‘Terra e Paixão’, você está no ar, atualmente, com diversas personagens. O que torna a sua atuação em ‘Mulheres de Areia’ especial? Estou no ar em Senhora do Destino, que eu acho um personagem dos mais completos que eu já fiz, porque ela era tudo: brava, sofredora, feliz, amorosa… ela tinha todas as características. Em ‘Mulheres de Areia’, eu contracenava com Raul Cortez, eu adorava. Depois a Clarita se apaixona por um homem mais novo, quando ela se separa do marido. A novela foi pautada por grandes interpretações.
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Como foi contracenar com nomes como Raul Cortez, Guilherme Fontes e Vivianne Pasmanter? A Vivianne Pasmanter fazia uma personagem rebelde, uma menina fora dos trilhos. Aquela era uma família normal, e ninguém tem uma família com todos 100% bonzinhos. Sempre alguém vai dar trabalho, e as relações vão mudando. Ela é uma das minhas filhas preferidas, porque todas as atrizes jovens que são maravilhosas atrizes, hoje, passaram por mim, fazendo papel de filha. A Vivianne me encantava, ela chegava no estúdio com um caderno todo marcado, era muito estudiosa. Guilherme Fontes é uma pessoa muito querida, muito educado, também muito centrado no trabalho dele. Raul Cortez meu grande amigo, trabalhei várias vezes com ele, um ator supimpa, muito engraçado nos bastidores. Uma estrela.
Tem alguma curiosidade sobre as gravações da novela ou sobre a repercussão dessa obra que gostaria de compartilhar? Faz muitos anos que essa novela foi ao ar. A gente guarda muito as coisas do trabalho, o convívio dos atores. Tem coisas que acontecem fora do ambiente de trabalho que podem ser engraçadas. Tem uma cena em que a Vivianne Pasmanter traz para o jantar na casa daquele casal super chique várias pessoas que moravam na rua para fazerem o final de ano. Era para afrontar o pai. Lembro que a gente foi gravar em uma casa em Angra dos Reis, e eu era amiga da dona da casa, foi ótimo. Era uma amiga minha das noitadas (risos). Ela tratou a gente super bem. Ficamos em Angra vivendo dias muito agradáveis, de muito trabalho, eu fui muito feliz nessa novela. Não posso reclamar de nada.
‘Mulheres de Areia – Edição Especial’ estreia dia 26 de junho, logo após o ‘Jornal Hoje’.
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