A atriz Tatiana Tiburcio, interprete de Jussara em ‘Terra e Paixão‘ da TV Globo, abriu o coração ao falar sobre a personagem na história de Walcyr Carrasco. Sendo assim, na visão da artista, a personagem faz de tudo para que a filha, Aline (Bárbara Reis), tenha uma ‘casca’ para sobreviver aos problemas que enfrentam.
Dessa forma, em entrevista ao portal Gshow, Tatiana Tiburcio comentou: “Às vezes, quando a Aline está chorando, a Jussara, ao invés de um abraço, diz: ‘Bora, menina! Tá chorando por quê?’. No fundo do coração dela, ela queria dar um abraço, botar a filha no colo e colocar no ventre de novo. Mas ela sabe que, se fizer isso, não vai criar casca suficiente na filha para ela enfrentar o que tem que enfrentar. Por isso, não acho que ela seja sem noção, pelo contrário: acho que ela tem muita noção”, relatou a atriz.
+ Terra e Paixão: Luigi encontra caixa misteriosa de Cândida
No entanto, ainda no bate-papo, Tatiana afirmou que enxerga muito de uma relação com a própria família para a personagem. “Fui criada onde minha mãe e avó não brigavam, elas davam um olhadão e a gente entendia o recado. […] Tem uma cena da Jussara muito bonita que fiz com a Barbara que lembrei muito da minha mãe e da minha madrinha. Onde ela oferece a casa pra Aline. Ela fala assim: ‘Se eu não fosse teimosa, não teria conseguido te criar sozinha’”, relatou.
Mais sobre Tatiana Tiburcio
Sendo assim, ainda na conversa com o portal da Globo, a atriz contou: “Então, é desse lugar que estou falando: a sinceridade dela, o papo reto e a dureza vêm da necessidade da sobrevivência. Não é pra lacrar, pra humilhar o outro. É pra fortalecer, fazer o outro se mexer, não deixar se acomodar”, pontuou a atriz, sobre Jussara.
+ Terra e Paixão: Petra trai Luigi com Hélio, personagem de Rafa Vitti
Além disso, ao falar sobre o humor da personagem, ela conta que sentia medo de fazer um papel do estilo. “Sempre tive uma vertente, uma curiosidade de ir para a palhaçaria. Trabalhei durante muito tempo com o Carlos Simioni, que é um mestre na palhaçaria. E ele falava: ‘Você tem que ir’, e eu falava: ‘Não, morro de medo, morro de medo disso, não tenho graça’. […] Não busco a graça, não busco o riso, se eu buscasse, eu seria ridícula no sentido pejorativo. Acredito naquele jeito ranzinza da Jussara. E é isso que talvez traga o humor”, analisou.
