O ator, humorista e empresário Tonico Pereira, 74 anos, concedeu uma entrevista para a Revista Quem, e por lá falou um pouco sobre seu posicionamento político. O artista também resolveu comentar a respeito de seu mais novo trabalho no teatro intitulado ‘O Julgamento de Sócrates’, que faz uma referência ao tratamento que o filósofo recebeu logo depois de espalhar suas ideias pela Grécia Antiga.
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Para iniciar, ele resolve expor detalhes do seu mais novo trabalho e afirma que sua vida é um palco: ”Eu na verdade nunca volto, eu estou sempre no palco. A minha vida é o palco. Não tenho essa dissonância entre viver e ‘palquear’: é a mesma coisa para mim”, conta. Em seguida ele revela que fazer monólogo é algo interessante no fim das contas: ”Não tinha nenhuma vontade de fazer monólogo, era uma coisa que me causava uma certa aflição porque não sei me sentir sozinho em cena. Mas, quando abriu o pano, me senti contracenando com a plateia”, afirma.
Ele faz um paralelo entre o momento atual no qual o Brasil vive e sua peça: ”A defesa das ideias é uma coisa pertinente na história inteira e não uma particularidade do momento [atual do Brasil]. Agora é um pouco mais acentuada porque a agressão está muito próxima, mas eu vivo de discutir e afirmar as minhas ideias”. E confessa que também erra: ”Às vezes, até me equivoco, mas me dou a chance de me arrepender”, exprime o ator.
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Sobre sua posição política, ele enuncia: ”Politicamente, você tem que ter lado, tem que ter partido. Na vida você tem que ser consciente, ter a noção de que não é o homem mais feliz do mundo e nem o mais infeliz, mas tem que tomar partido”, declara o artista. Tonico comenta que não votará no presidente Bolsonaro: ”Não sou rico, devo muito mais [do que tem]. Eu voto mais pela mão de obra que me cerca, pela minha funcionária. Voto para ela, mesmo ela votando contra”. E continua: ”Nunca. Continuo não votando nele com muita força. Vou votar [em outubro]. Não vou me aposentar do voto nunca”, destaca.