Durante a cerimônia de despedida de José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido popularmente como Maguila, realizada nesta sexta-feira (25), a viúva do ex-boxeador, Irani Pinheiro, cumpriu um de seus últimos pedidos.
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De acordo com o G1, o cérebro do ex-lutador foi doado para a Universidade de São Paulo (USP) para ser estudado em pesquisas científicas. “Resolvemos, ainda em vida, a doação do cérebro dele para estudos por conta da doença. Fizemos isso ontem”, afirmou Irani.
O órgão foi doado ao banco de cérebros da universidade, que também conta com os cérebros do ex-jogador Bellini e do ex-boxeador Eder Jofre. Maguila faleceu aos 66 anos, deixando uma carreira de destaque no boxe com 77 vitórias, sendo 61 delas por nocaute.
Doença de Maguila
O neurocirurgião Dr. Guilherme Rossoni revelou em entrevista à Contigo que Maguila sofria de uma doença neurodegenerativa conhecida como “síndrome do boxeador”, causada pelas lesões sofridas pelo ex-boxeador na cabeça ao longo dos anos.
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Em 2018, sua família havia revelado que ele aceitou doar o cérebro para estudos científicos, visando ajudar os cientistas a entenderem melhor a demência pugilística.
“Receber cérebros de pessoas que tiveram doenças desse tipo é fundamental, não só para entender a doença cada vez melhor, mas para tentar ver como preveni-la e evitar que outras pessoas fiquem doentes”, disse o médico Renato Anghinah em entrevista ao Globo Esporte, destacando a importância da doação.
Nascido em Aracaju, Sergipe, José Adilson Rodrigues dos Santos ganhou destaque nos ringues sendo repetidas vezes campeão brasileiros e sul-americano na categoria peso-pesado, e também das Américas e Mundial na mesma categoria. Ao longo dos seus 17 anos de carreira no boxe, realizou um total de 85 lutas, se destacando no esporte ainda jovem.