O ator, diretor e roteirista, Wagner Moura, 47 anos, é protagonista do filme ‘Guerra Civil’, que estreou nos cinemas na última quinta-feira, 18 de abril. Na obra, o artista interpreta o personagem Joel, jornalista da Reuters que está em meio a uma guerra civil vivenciada nos Estados Unidos. Ele se junta a outros colegas de profissão para tentar entrevistar o presidente antes que ele seja derrubado do poder.
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Sendo assim, em uma entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo, o ator baiano decidiu contar mais detalhes, através de sua perspectiva, sobre o filme. Moura opina que o longa-metragem é um retrato do que se vive atualmente: ”Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno”, afirmou.
Em outro momento, o famoso reforça que no filme não existe uma ‘agenda ideológica’ e aponta que fazer relação do personagem com pessoas da vida real seria um verdadeiro ‘desserviço’ ao próprio longa. Ele expõe o seguinte: ”Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas”, alegou, ao responder sobre uma questão que relaciona seu personagem a políticos como Trump e Bolsonaro.
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Posteriormente, ele conta que no Brasil estamos acostumados a lidar com a polarização, mas os estadunidenses lidam com tais questões, principalmente relacionadas a guerra, no Oriente Médio. Wagner detalha: ”A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington”.