Ao longo das edições do ‘Jornal Nacional’, William Bonner têm mesmo aproveitado da grande audiência e influência que o informativo possui para promover reflexões entre os telespectadores acerca das novas atualizações apresentadas diariamente com a pandemia do novo coronavírus.
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Na noite desta última quarta-feira (6), o âncora e editor-chefe emocionou ao promover uma dura e necessária reflexão acerca do aumento evidente nos casos registrados com o diagnóstico, além dos óbitos que ultrapassou a marca de oito mil vítimas. Indignado, o profissional manifestou sua indignação acerca dos efeitos causados pela doença, e despertou a atenção do público com a gravidade, no qual uma parcela da população prefere ignorar a pandemia e desrespeita as orientações dos órgãos de saúde.
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“Você já nem deve lembrar, mas, na quinta passada, eram 5.901. Os números vão aumentando desse jeito, cada vez mais rápido, vão dando saltos. E vai todo mundo se acostumando, porque são números. Um número muito grande de mortes de repente, num desastre, sempre assusta. As pessoas levam um baque”, iniciou. Ele, por sua vez, ainda aproveitou para tentar comparar o número de vidas perdidas com acontecimentos marcantes no Brasil e no mundo, como a tragédia em Brumadinho, no ano passado, e o ataque contra as torres gêmeas nos Estados Unidos, há quase 19 anos.
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“Quando as mortes vão se acumulando ao longo de dias e de semanas, como acontece agora na pandemia, esse baque se dilui. Eram vidas de pessoas amadas por outras pessoas, pais, filhos, irmãos, amigos e conhecidos. O luto dessas tantas famílias vai ficando só para elas, porque as outras pessoas já não têm nem como refletir sobre a gravidade dessas mortes todas”, acrescentou.
Por fim, ele lamentou a situação que não possui uma previsão de estabilidade, atualmente. “Hoje são 8.500, amanhã a gente não sabe. Quando é assim, o baque só acontece quando quem morre é um parente, um amigo, um vizinho ou uma pessoa famosa”, pontuou.
Quando as mortes vão se acumulando ao longo de dias e semanas, como agora, na pandemia, esse baque se dilui e as pessoas vão perdendo a noção do que seja isso: 8 mil vidas acabaram. Eram vidas de pessoas amadas por outras pessoas: https://t.co/usfyoglWz7 #JN pic.twitter.com/bxetmwupjr
— Jornal Nacional (@jornalnacional) May 7, 2020