Longe da TV, Zeca Camargo vem escrevendo uma coluna no jornal Folha de S.Paulo. O jornalista escreveu uma crítica à Polícia Militar do estado paulista onde acusa a corporação de racismo e “perseguição gratuita”.
O apresentador contou que no dia 24 de outubro um grupo conduzido pelo agente cultural Guilherme Soares Dias, responsável por um tour em pontos da cultura negra na capital paulista, foi seguido e filmado por policiais, o que segundo ele categoriza um ato racista.
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Em um trecho, Zeca escreve: “A perseguição gratuita ao grupo de Guilherme Dias, que também divulga seu trabalho pelo excelente perfil do Instagram @guianegro, é outra face desse racismo que assombra o Brasil e que o jornalista —com informação, história e cultura— tenta reverter com sua preciosa iniciativa”.
Nesta quinta-feira (26), a Polícia Militar de São Paulo reagiu às acusações de Zeca Camargo. Em comunicado, a corporação fez a colocação de que o jornalista estaria sendo preconceituoso. Ao afirmar que a presença policial, tão desejada por muitos, é uma ‘honra duvidosa’, você externa preconceito e discriminação contra quase meio milhão de brasileiros que colocam diariamente a vida em risco para proteger pessoas que sequer conhecem, especialmente negros, pobres e minorias”.
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Leia o trecho do comunicado:
“A Polícia Militar de São Paulo, preocupada com a segurança dos participantes daquele ato, que foi informado como sendo uma manifestação popular, desenvolveu planejamento, empregou recursos e dedicou seu tempo para proteger os participantes. Menos de um mês depois, no dia da consciência negra, os mesmos policiais foram fundamentais para garantir a segurança de um grupo de pessoas, diante de atos de violência praticados por vândalos infiltrados no ato público, os quais depredaram um supermercado. Se não houve pessoas feridas na ocasião, a Polícia Militar teve participação decisiva. Quem estava se manifestando democraticamente recebeu a proteção de dezenas de policiais militares, ou, nas suas palavras, uma ‘honra duvidosa'”, concluiu o comunicado.