Em A Dona do Pedaço, Maria da Paz (Juliana Paes) precisou fugir do interior do Espírito Santo para não ser morta pelos Matheus. Ao chegar em São Paulo, a moça foi recebida por Marlene (Suely Franco), prima do Padre (Fernando Eiras) de sua cidade, que lhe garantiu abrigo na cidade grande.
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No entanto, o dinheiro dado pela mãe Evelina (Nívea Maria) está prestes a chegar ao fim, o que deixa Maria desesperada por um emprego.
Marlene confia em Maria da Paz de olhos fechados e está disposta a ajudar a moça no que ela precisar. Para ajudar na renda na recém-chegada, ela faz uma ligação para uma velha amiga dos tempos em que era professora e pergunta se ela está precisando de uma empregada doméstica. Linda (Rosamaria Murtinho) dispensa o serviço, mas indica o nome de Gladys (Nathalia Timberg) como uma possível interessada. A prima do Padre se preocupa com a saúde de Maria, que sentiu enjoos após a viagem, mas ela garante estar bem.
Logo, as duas seguem ao encontro de Linda, que as leva à casa de Gladys. Após conversar com a candidata ao emprego de faxineira, a perua fica insegura ao descobrir que ela teve “problemas” em sua terra e exige saber o que é. Maria da Paz começa a chorar e desabafa: “Desculpa, não consigo falar nisso sem chorar. É que deram um tiro no meu noivo, no altar. Nem sei se tá vivo ou morto.”
Lyris (Deborah Evelyn) se sensibiliza com a história e pede que a mãe dê uma chance à moça. Gladys se mostra compreensiva: “Eu mando o motorista comprar um uniforme pra ela. Pode começar hoje. Depois você se organiza e traz o resto das suas roupas.”
Em seu primeiro dia de trabalho, Maria da Paz vê o rosto de Régis (Reynaldo Gianecchini) estampado em uma revista que Lyris exibe. A funcionária se espanta com a beleza do filho de Gladys: “Seu irmão é um príncipe. Feito aqueles dos contos de fada que minha avó contava.”
A esposa de Agno (Malvino Salvador) dá de ombros e pede que Maria se acostume com o estilo de vida de Régis que, por sinal, ainda dorme em seu quarto. Um tempo depois, ele desperta e dá de cara com a moça na cozinha. Logo percebe que trata-se da nova faxineira da casa.
“Cuidado, está em área de risco”, diz ele, deixando Maria instigada.
“Minha mãe. Briga com todas faxineiras. Quer a casa brilhando como se tivesse um batalhão de escravas. Só que a escravidão acabou há muito tempo”, explica o rapaz.
Os dois começam a papear e Régis acha graça do jeito “rústico” de Maria, que leva tudo o que ele diz ao pé da letra. A funcionária serve o café da manhã para o playboy e oferece um pedaço de bolo que ela mesma preparou.
“É bom. Foi você mesma quem fez?”, Régis elogia.
“Eu já disse, sou boleira desde criança. Mais um pedaço? Um pequeninho assim?”, pergunta ela, com um sorriso no rosto.
Ao cortar mais uma fatia, no entanto, Maria perde o equilíbrio e desmaia na frente de Régis. A família chama um médico para examinar a funcionária e, após o diagnóstico, ele pede para conversar a sós com Gladys.
“Prefiro saber logo, que é que eu tenho. Pelo jeito, já sei. É coisa ruim. Diz, é coisa ruim?”, se desespera Maria.
A patroa deixa a moça sem reação ao revelar o motivo de seu desmaio: “Você está grávida.”
