A pornografia está chegando na TV brasileira

Algumas coisas na televisão passam do limite e chegam a um ponto até então nunca visto pelo telespectador. O pior é que apesar de toda grosseria de alguns quadros, esses programas acabam registrando boa audiência. O Eu Vi na TV, da Rede TV com João Kléber, está nesta lista e talvez lidere o ranking das coisas bizarras da TV brasileira. O programa não tem nada, apenas o teste de fidelidade, um quadro que apela aos instintos mais primários do ser humano. Um quadro que explora o sexo e que por isso dá audiência. Quem está na frente da TV nem questiona se tudo aquilo é armado ou um flagrante, como insiste o apresentador. E isso é uma besteira mesmo, porque aquilo é muito produzido, com vários cortes de câmera e iluminação perfeita. Quem participa parece Ter frases feitas e mau decoradas e, pessoalmente, acredito que há uma boa armação em tudo aquilo. O fato é a irresponsabilidade de colocar a traição como algo muito normal e aceitável. O Eu Vi na TV não tem mais o que inventar. Agora, no ar, o telespectador vê beijos quentes, carícias entre mulheres e, ontem, o início de uma relação entre dois homens. Não tem mais o que inventar. Agora é tirar a sunga ou a calcinha branca quase transparente e apostar numa produção pornográfica.