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Análise: ‘No Limite 2023’ prova que o problema do ‘BBB’ é realmente o Boninho

Depois de seis temporadas sob direção de Boninho, finalmente deu vontade de assistir ao "No Limite"

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Lauan Brito
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'No Limite 2023' provou que o problema do 'BBB' é realmente o Boninho
‘No Limite 2023’ provou que o problema do ‘BBB’ é realmente o Boninho – Foto: Globo

Depois de seis temporadas sob direção de Boninho, finalmente deu vontade de assistir ao “No Limite“. A edição de 2023 do reality show de sobrevivência estreou nesta terça-feira (18) com novos diretores e ambientação na Amazônia. Com isso, um questionamento surgiu: como em mais de duas décadas de programa, com um tempo de hiato, nunca tiveram a ideia de jogar aquelas pessoas tão determinadas em ganhar o prêmio em dinheiro e um pouco de notoriedade pública na maior floresta tropical do mundo?

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Nos primeiros minutos, já é possível notar o ar fresco da atração, que antes se assemelhava mais a uma versão amadora do “Survivor” – o que até causa estranhamento, visto que estamos falando da Globo, simplesmente a maior emissora da América Latina. Parece que finalmente conseguiram imprimir uma identidade nessa atração que estava tão malcuidada.

É preciso dar nome aos responsáveis por fazer essa maravilha acontecer. Rodrigo Giannetto assumiu direção-geral, enquanto Vivian Alano e Padu Estevão são os novos diretores. Eles conseguem extrair o melhor dos quinze participantes e focam naquilo que é de interesse dos telespectadores: a convivência.

Vamos ser sinceros, ninguém liga a televisão com o objetivo de assistir um reality show se não for para ver os conflitos – por mais pequenos que sejam – que a interação entre os humanos causará. A falta desses momentos nas versões antigas do “No Limite” me incomodava. Parecia mais que você estava acompanhando uma olimpíada do que um reality. Era um espaço longo e desnecessário para as provas, o que se tornava cansativo para o público.

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Outra coisa que merece aplausos é a agilidade das dinâmicas. Foi um grande acerto da edição essa trilha sonora sincronizada com as ações dos competidores, responsável por trazer a imersão e tornar o conteúdo assistível.

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É interessante a maneira que a discórdia surge naturalmente no programa, sem precisar de nenhum jogo chato todas as segundas-feiras para forçar qualquer faísca de desentendimento entre os participantes para ser repercutido durante as manhãs da vênus platinada.

Os participantes foram muito bem escolhidos, com perfis muito diversos, mas todos com o mesmo objetivo: de quem vai ser o mais insuportável. Ruim para eles que estão tendo que conviver juntos em uma floresta, ótimo para nós.

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Paulo Vilhena é definitivamente um destaque. Ele mostrou seu compromisso em nos entreter com sua pouca paciência durante a participação, que infelizmente, chuto que não durará muito tempo, mas já serviu para mostrar a Rodrigo Carelli que é um bom nome para “A Fazenda”. Enquanto isso, lamento a partida tão cedo de Monica Carvalho, ela nasceu para fazer o “No Limite”, seria tão bom vê-la por mais um tempo atormentando os outros participantes com sua chatice. Fica para uma próxima.

A forma de exaltar a cultura nacional também é de se admirar. O cuidado da produção em respeitar os povos originários é algo muito importante, e devo reconhecer a criatividade na escolha dos nomes das equipes Jenipapo e Urucum, ambas frutas regionais.

Bastou um episódio para identificarmos o culpado por essa crise dos realities da Globo: José Bonifácio Brasil de Oliveira. O marido de Ana Furtado anda muito preguiçoso, é melhor ele assumir que seu tempo de ouro já passou. Não precisaram muitas mudanças no programa de sobrevivência para torná-lo tão interessante de uma edição para a outra, mas foram alterações pontuais que renovaram o formato de forma orgânica. É disso que precisamos no “BBB”.

Mesmo com essa melhora significativa, acho difícil uma nova temporada do “No Limite” porque já percebemos que audiência não é o forte, principalmente com a imagem arranhada que a atração está por conta das duas últimas edições. Ainda acho que ele daria mais certo sem essa pressão da televisão aberta, talvez em um canal por assinatura ou em um serviço de streaming.

**As críticas e análises aqui expostas correspondem à opinião de seus autores

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