O paulista Diego é o grande vencedor da sétima edição do Big Brother Brasil! Depois de 85 dias de confinamento, Alemão sai da casa mais vigiada do Brasil aclamado como o campeão com maior índice de aprovação já registrada na história do programa, superando Cida do BBB4, que venceu com 69% dos votos. Apenas Kléber Bambam (BBB1, 68% dos votos) e Rodrigo Caubói (BBB2, 65%) ultrapassaram a difícil marca de 60% das indicações na final do programa, não superada pelos vencedores Dhomini (BBB3, 51%), Jean (BBB5, 55%) e Mara (BBB6, 47%).
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O consultor em web-marketing que completou 26 anos durante o confinamento entrou na casa do Big Brother Brasil com apenas uma preocupação: cair na gandaia. Após um namoro de 11 anos, o baladeiro desinibido de corpo sarado e de cabelos arrepiados tinha certeza de que jamais chegaria perto do prêmio, e parecia muito mais preocupado em curtir sua “despedida de casado” com os novos colegas do que bolar estratégias de jogo.
Tão sedutor quanto canastrão, o paulista chegou atirando para todos os lados. “Já percebi que ele olha para todas”, disse Juliana às outras meninas, logo no primeiro dia de jogo. Em uma casa repleta de solteiras descoladas, o surfista festeiro e malandro curiosamente se encantou por Íris, sacoleira de sotaque caipira e ar ingênuo que, após também terminar um longo namoro de dez anos, só pensava em arrumar um novo pretendente ao altar. “De todas as mulheres, a que mexe mais comigo é ela!”, disse aos demais homens, no quarto dia de confinamento.
Enquanto Siri bloqueava as investidas para testar até onde iria o compromisso do rapaz, a sensual Fani o torturava dançando com seu furor nos quadris nas festas e pedindo insistentemente para dormir agarradinha ao rapaz. Por carência e boa dose de orgulho, Alemão entregou os pontos e trocou beijos ardentes com a carioca na Festa Vamp, mesmo presumindo que isso eliminaria suas chances com Siri. Querido pelos brothers, desejado pelas sisters, estufava o peito para zombar da mineira, mas no fundo seu coração não aceitava o desprezo da magoada sacoleira, que fingia desdenhar do brother chamando-o de “galinha”. “Quero um homem, e não um garoto”, discursava a sister, cutucando sem saber o ponto fraco do brother.
Se o orgulho ferido levou o paulista a engrossar o coro de BBs que viam a caipirice de Íris com desconfiança, chamando-a de “duas caras” na frente de todos, a paixão pela paulista foi lentamente despertando seu lado mais doce. Ao ver a loira acuada e indicada na terceira semana, deu uma virada que surpreendeu a todos e revoltou aliados como Fernando, Alberto, Airton, o então líder da quarta semana recuou na decisão de indicar Bruno e emparedou o amigo Felipe Cobra – maior desafeto da moça. Pediu desculpas sinceras a Siri e avisou que, dali para frente, passaria a protegê-la, sem cobrar nada em troca. Carinhoso de um lado, era a pura arrogância do outro, e arrematou ameaçando de uma só vez todos os demais jogadores: quem vetasse a imunidade que a sacoleira planejava dar à amiga Fani seria indicado ao paredão.
A partir daí Diego se tornaria inevitável e indiscutivelmente o grande protagonista do jogo, e suas jogadas ditariam os rumos da nave BBB. Negociando habilmente com o temperamento das duas protegidas, formou um triângulo amoroso que despertou a curiosidade de todo o país e deixou cenas antológicas na história do BBB. Contraditório, denunciava a perseguição ao trio ao mesmo tempo em que dava o pontapé na combinação de votos, instigando as aliadas a votarem em Alberto – que havia imunizado na primeira semana de jogo. Declarava desconhecer a dinâmica do programa, mas gabava-se de “ler” o voto de todos os colegas. Antecipava ataques com a mesma freqüência com que fazia movimentos suicidas. “Fui eu mesmo, mostrei meus defeitos e qualidades, mas não passei por cima do meu caráter”, discursava.
Convencido e mulherengo, portava-se muitas vezes como um troglodita, tratando as sisters como mero objeto; noutras ocasiões, era o próprio último romântico, encantando as loiras com sua delicadeza e elegância. Peitou e provocou os rivais, e brigou feio com Airton e Carol no mesmo dia em o grupo resolveu devolver as brincadeiras do brother, deixando-o nu diante das câmeras do TV Colosso. “Sou homem, não sou moleque”, bradava, provocando os rivais.
Num grupo de 16 jogadores, as ameaças e o isolamento no trio lhe custariam caro. Graças à seqüência de lideranças perdidas e o voto orquestrado dos rivais, o triângulo virou um alvo indefeso – e Diego, figurinha fácil na berlinda. Perdeu importantes batalhas, como a prova de resistência em que Caubói o derrotou após ficar 21 horas de pé e foi humilhado pelos adversários ao ter de duelar com Fani e Íris, além de tentar apaziguar a briga entre as duas. A cada indicação, no entanto, voltava mais com mais apoio do público. Fortalecido e solitário, anunciou sua vingança: “Vou derrubar um por um”, afirmava, com dedo em riste.
As seguidas vitórias se converteram numa espécie de salvo-conduto para o resto do jogo. Temido pelos rivais, voltaria a ser indicado apenas décima primeira semana com os votos de Analy e Bruna, no pacto das sisters para formar um último paredão masculino entre ele e Airton. Amadurecido, msotrou fair-play ao se despedir do arquiinimigo Alberto — “Valeu pela guerra” — e humilde, evitou ir desnecessariamente ao penúltimo paredão indicando Analy.
Controverso, sagaz e teimoso, mas acima de tudo espontâneo e carismático, fascinou até mesmo seu rivais, que mesmo lhe reputando os piores defeitos, no fundo sentiam ciúmes por terem sido completamente ofuscados pela caipirice de Íris, ficando de fora das brincadeiras do brother. “Sempre quis me aproximar, você nunca deixou” desabafou a finalista Carol, no último dia da competição. Menino que tentava se afirmar como homem, cafajeste apaixonado que teve medo e depois coragem de viver um grande amor, Diego brilhou conduzindo a nave BBB até a antes inimaginável final. E do lado de fora, encantado, o público aplaudiu seu campeão.