De olho em tudo que está acontecendo no país, o Área Vip traz mais uma edição dos últimos acontecimentos. O Brasil registrou o maior número de mortes por Covid-19 desde o início da pandemia do novo coronavírus. Nas últimas 24h, foram 751 novas mortes pelo vírus. O total de óbitos alcançou 9.897, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde desta sexta-feira (08/05).
Com 10.222 novos casos confirmados de Covid-19, o Brasil chegou a 145.328 pessoas infectadas, um aumento de 7,5% em relação a ontem, quando foram registradas 135.106 pessoas nessa condição.
Segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta noite, até hoje foram identificadas 107 mil hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), cerca de 606% em relação ao mesmo período do ano anterior. Deste total, 27.086 são por covid-19, sendo 37.101 classificados como não especificados e 38.096 em investigação. O número de hospitalizações pode crescer caso essas investigações atestem o diagnóstico de infecção com o novo coronavírus.
Sobre o perfil das hospitalizações por covid-19, 54,8% são brancos, 36,3% são pardos, 6,7% são pretos, são 1,9% amarelos e 0,3%, indígenas. São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (3.416). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.503), Ceará (966), Pernambuco (927) e Amazonas (874).
Foram registradas mortes no Pará (515), Maranhão (330), Bahia (183), Espírito Santo (165), Minas Gerais (139), Paraíba (114), Alagoas (108), Paraná (106), Rio Grande do Sul (91), Rio Grande do Norte (81), Santa Catarina (63), Amapá (66), Goiás (49), Rondônia (39), Acre (38), Piauí (37), Distrito Federal (37), Sergipe (28), Roraima (16), Mato Grosso (14), Mato Grosso do Sul (11), e Tocantins (9).
Os estados com maior incidência (número de casos por um milhão de habitantes) são o Amapá (2.746), Amazonas (2.588), Roraima (1.684), Ceará (1.638) Acre (1.335) e Pernambuco (1.212).
Ministro da Saúde faz visita para ver de perto atuações no Rio de Janeiro
Nesta sexta-feira (08, O ministro da Saúde, Nelson Teich, visitou o Rio de Janeiro e se encontrou o com prefeito Marcelo Crivella. Ele visitou o Hospital de Campanha no Rio Centro e se reuniu, ainda, com a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, durante a manhã. À tarde, Teich esteve reunido com o Governador Wilson Witzel e com o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, e visitou o Hospital de Campanha do Maracanã.
Ao todo, o estado está recebendo 1.176 litros de álcool etílico, 1.000 aventais, 1,1 milhão de luvas, 49,8 mil máscaras N95, 14,9 mil máscaras cirúrgicas, 4 mil toucas descartáveis e 12,6 mil protetores faciais. Já os hospitais federais receberam 180 litros de álcool etílico, 150 aventais, 170 mil luvas, 7,6 mil máscaras N95, 2,2 mil máscaras cirúrgicas e 1,9 mil protetores faciais.
O estado do Rio também recebeu mais um reforço na estrutura física, com habilitação de 42 novos leitos de UTI voltados exclusivamente aos pacientes graves ou gravíssimos do coronavírus. Para essas habilitações, o Ministério da Saúde liberou R$ 6 milhões, pagos em parcela única, para custeio desses leitos para os próximos 90 dias.
Ao todo, desde o início de abril, o Rio de Janeiro conta com habilitação de 82 leitos de UTI, que somam investimento federal na ordem de R$ 11,8 milhões. Atualmente, o estado do Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar no número de casos confirmados e óbitos provocados por coronavírus. O Rio também recebeu um carregamento de 1,3 milhão de Equipamentos de Proteção Individual (EPIS) que serão usados pelos profissionais de saúde que estão na linha de frente fazendo atendimento aos pacientes com coronavírus.
João Dória reclama de falta de atenção do Ministério da Saúde
Enquanto Nelson Teich visitava o Rio de Janeiro, o governador de São Paulo, João Doria criticou o novo ministro da Saúde por não atender a solicitações de ajuda feitas pelo governo paulista em relação ao combate ao novo coronavírus no estado. “O ministro não atendeu ainda solicitações que foram formuladas por nós há oito dias. Já cobramos duas vezes por ofício. Espero que o ministro seja republicano como foi o seu antecessor [Luiz Henrique] Mandetta, que foi o único que nos atendeu”, afirmou o governador durante entrevista à Globonews.
Doria cobrou que o governo federal e o novo ministro da Saúde repassem equipamentos, insumos e recursos adicionais ao estado de São Paulo, que é o epicentro do país em número de mortos e infectados pela Covid-19. “O único recurso que São Paulo recebeu nos últimos 60 dias foram R$ 92 milhões que Mandetta prometeu a São Paulo e outros estados e cumpriu. Fora isso, não recebemos uma máscara, nenhum respirador, nenhum leito. Nada. Zero. Esperamos que o ministro cumpra suas obrigações”, afirmou Doria.
São Paulo prorroga quarentena e sinaliza lockdown
Também nesta sexta-feira, João Doria anunciou que a quarentena em São Paulo será prorrogada até o dia 31 de maio. O governador disse, ainda, que pode adotar medidas mais críticas, como o lockdown (fechamento total, em inglês).
Para Doria, a medida radical poderá ser adotada até mesmo antes do dia 31 caso a população não respeite a quarentana extremamente necessário no combate à pandemia do novo coronavírus nesse momento.
O lockdown é um tipo de medida mais radical imposta por governos e que proíbe o deslocamento das pessoas e exige o fechamento das atividades consideradas não essenciais. Para garantir o lockdown, os governantes costumam prever aplicação de multas ou prisões. Neste caso, as pessoas só podem sair de casa para a compra de alimentos ou transporte de doentes, por exemplo.
Fonte: Agência Brasil
David Uip se afasta de centro de combate ao coronavírus de São Paulo
David Uip se afastou nesta sexta-feira (08) da coordenação do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo. O médico se sentiu mal na última quarta-feira (06) e passou por uma bateria de exames.
Por recomendação médica, o infectologista decidiu deixar o cargo. “Na última quarta-feira, dia 6 de maio, senti um mal-estar, com alterações cardiológicas e clínicas. Após avaliação médica, iniciei uma bateria de exames para elucidação diagnóstica. Hoje me sinto melhor, mas, por recomendação médica, precisarei ficar afastado das minhas atividades do Centro de Contingência do Coronavírus do Estado de São Paulo por alguns dias”, disse Uip, em carta endereçada ao governador de São Paulo, João Doria.
Sem revelar qual problema de saúde está enfrentando, o médico disse que espera retornar em breve. “Fico temporariamente afastado e espero estar recuperado, para retomar minha contribuição ao Centro de Contingência do Coronavírus, o Comitê de Saúde do estado de São Paulo”, escreveu. À Folha de São Paulo, Uip disse que a recomendação foi do seu cardiologista, Roberto Kalil. “Vinha em um ritmo alucinante de trabalho, 18 horas por dia”, ressaltou.