O deputado Clodovil Hernandes (PR-SP) teve uma parada cardíaca e morreu às 18h50 desta terça-feira (17). Clodovil teve morte cerebral detectada à tarde e estava sendo mantido vivo por equipamentos e medicamento para os procedimentos de doação de órgãos.
Mesmo assim, segundo o coordenador de transplantes do Distrito Federal, Lúcio Lucas, nenhum órgão poderá ser doado. As córneas têm edemas que impedem a retirada.
A autorização para a retirada dos órgãos havia sido dada por assessores do deputado e pelo Ministério Público, uma vez que ele não tem parentes próximos com os quais mantinha contato. A assessora de imprensa do deputado, Berta Pellegrino, disse que Clodovil havia manifestado várias vezes a intenção de doar seus órgãos quando morresse
O líder do PR, deputado Sandro Mabel (GO), disse nesta terça que o velório de Clodovil será realizado apenas em São Paulo. A ideia inicial da assessoria do deputado era que o corpo fosse velado também em Brasília, no Salão Negro do Congresso.
Mabel se reuniu com assessores de Clodovil no começo desta noite. Segundo ele, o corpo segue para São Paulo às 8h da manhã da quarta (18) em um avião da Aeronáutica solicitado pela Câmara. O velório está programado para começar às 10h30 na Assembléia Legislativa e o enterro será às 17h, no cemitério do Morumbi (Zona Sul).
A morte cerebral foi constatada pelos médicos às 15h45. O boletim médico divulgado logo cedo já dizia que o quadro clínico do deputado permanecia de "extrema gravidade". O parlamentar sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e foi encontrado caído ao lado da cama na segunda-feira (16).
Durante a manhã desta terça-feira, Clodovil passou por exames que ajudaram a detectar a morte cerebral. O primeiro exame feito deu resultado “inconclusivo”, segundo assessores do deputado. A assessoria do deputado informou então que novos médicos iriam avaliar o estado clínico do parlamentar e um novo boletim seria divulgado às 16h pelo hospital.