Mauro e Vanessa estão dançando lindamente, se preparando para uma apresentação do balé. Ao fim do ensaio, surgem aplausos, não só da turma e da professora, mas também de Calixto.
Mauro fica paralisado, sem entender… Seu pai, que sempre o reprimiu, que nunca deu força para que ele dançasse… De repente aparece na academia, para vê-lo dançar?
“Parabéns, filho…”, diz Calixto, abraçando o rapaz.
Mauro continua surpreso com a atitude do pai, mas Calixto resolve explicar tudo. Ele mostra uma foto sua ainda novinho dançando balé.
“Filho… Esse cara sou eu, Mauro… Esse aí é o seu pai! (…) Mas não agüentei o tranco… O preconceito, as maldades… Cidade pequena… Sabe o que o Zeca faz com você? imagina isso de uma comunidade inteira! Fui covarde, Mauro… Não suportei a pressão. Sofri muito, meu filho… Muito. Saí quase escorraçado da minha cidade. Pra nunca mais. Dançar… Nunca mais”, confessa Calixto, comovido.
Mauro, então, volta a abraçar o pai, emocionado com aquelas palavras. Pelo visto, ele agora conta o com apoio de toda a família para se tornar um grande bailarino.