O Brasil registrou mais 1.005 novos mortes por Covid-19 na noite desta sexta-feira (05) nas última 24 horas. O país agora soma 36.026 óbitos pela doença. O número de casos confirmados subiu para 645.771, segundo boletim diário do Ministério da Saúde.
Ontem, o Brasil passou a Itália e passou a ocupar a terceira posição no ranking de países com o maior número de mortes causadas pela Covid-19. O total de infectados era de 614.941, com 34.021 mortes confirmadas no pais.
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Pela primeira vez desde o começo da pandemia o governo não divulgou os números totais de infectados e mortos, informando apenas os números do dia. E pelo terceiro dia consecutivo, governo só divulgou os dados da Covid-19 após as 21h30. Questionado sobre a falta de transparência e motivação dos atrasos, o ministério alegou necessidade de checagem das estatísticas recebidas pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde.
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No início da pandemia, a pasta divulgava os dados diários da Covid-19 por volta das 17h e concedia entrevista coletiva diariamente com o então ministro Luiz Henrique Mandetta, e os principais secretários responsáveis pelo enfrentamento à doença.
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Depois que Mandetta foi demitido, o ministério passou a divulgação dos números para as 19 h na gestão de Nelson Teich, com entrevistas coletivas quase diariamente. No entanto, com a saída de Teich em 15 de maio após menos de um mês no cargo, também devido a desavenças com Bolsonaro, o Ministério da Saúde passou a atrasar rotineiramente a divulgação dos números e também deixou de realizar entrevistas diárias.
Resultados de pesquisa de vacina contra a Covid-19 devem sair em setembro
O mundo está a espera de uma vacina para combater a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O grupo farmacêutico britânico AstraZeneca afirmou nesta sexta-feira que os resultados sobre a eficácia de uma vacina contra o vírus deverá ser conhecido em setembro. “Em setembro devemos saber se temos ou não uma vacina eficaz”, disse à rede britânica BBC o diretor executivo da empresa, Pascal Soriot.
Universidade de Oxford, cujo projeto é financiado pelo governo britânico, se associou ao grupo farmacêutico para fabricar e distribuir em todo o mundo a vacina que está desenvolvendo. Os ensaios clínicos com humanos começaram no final de abril no Reino Unido e devem ser realizados este mês no Brasil, que é agora “o epicentro da epidemia”, afirmou Soriot. Na última quinta-feira, a AstraZeneca anunciou que pretende produzir mais de 2 bilhões de doses da vacina candidata, metade delas para habitantes de países em desenvolvimento.
AstraZeneca assinou acordos para estabelecer redes de distribuição paralelas, entre elas uma com o Instituto Serum da Índia para a entrega de um bilhão de doses aos países de baixa e média renda, a fim de dobrar a capacidade de produção para dois bilhões de doses.
A instituição responsável pela articulação da pesquisa com voluntários é a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Metade dos voluntários será vacinada em São Paulo e metade no Rio.
Bolsonaro inaugura hospital com um mês de atraso
O hospital de campanha inaugurado nesta sexta-feira (05) pelo presidente Jair Bolsonaro em Águas Lindas de Goiás foi entregue com um mês de atraso. Destinado a atender pacientes da Covid-19 de Goiás e do Distrito Federal, a estrutura até ficou pronta no final de abril, mas só receberá pacientes a partir desta sexta-feira, 5.
O governo federal foi responsável pela construção. A administração estadual, por sua vez, ficará com a operação da unidade, instalação de equipamentos e atendimento a pacientes. A administração do governador Ronaldo Caiado, aliado de Bolsonaro e anfitrião da cerimônia de inauguração, alega que o atraso ocorreu porque a União só transferiu a gestão do hospital ao governo de Goiás na semana passada.
O hospital de campanha em Águas Linda é o primeiro montado pelo governo federal para atender exclusivamente pacientes de Covid-19. A capacidade é para 200 leitos. Inicialmente, porém, serão utilizados 60, sendo 40 leitos de enfermaria e 120 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A quantidade de leitos pode aumentar conforme a demanda, de acordo com as autoridades locais.