A América do Sul já está sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o epicentro mundial da pandemia do novo coronavírus. E no Brasil, os casos da doença só aumentam a cada boletim divulgado pelo Ministério da Saúde.
Nesta sexta-feira (22), o boletim diário da pasta divulgou novos números . ão 20.803 novos casos da doença nas últimas 24 horas . O resultado de hoje supera o recorde anterior, da quarta-feira, quando 19.951 casos foram incluídos no sistema.
São Paulo continua como o estado com mais casos da doença: são 76.871 até o momento. Em seguida vem Ceará (34.573), Rio de Janeiro (33.589), Amazonas (27.038) e Pernambuco (25.760). Em relação às mortes, São Paulo também aparece na primeira posição, com 5.773 óbitos. Depois vêm Rio de Janeiro (3.657), Ceará (2.251), Pernambuco (2.057) e Pará (1.937).
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Mais cedo, o diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde, Mike Ryan, afirmou em entrevista coletiva que a América do Sul se tornou o novo epicentro mundial da pandemia do novo coronavírus. O continente já soma 554.321 casos de covid-19 e 28.168 mortes causadas pela doença, segundo dados atualizados diariamente pela plataforma Worldometer. Mais da metade dos infectados foram reportados pelo Brasil, cujo Ministério da Saúde registrou 310.087 casos nesta quinta-feira, 22. O País também contabiliza a maior parte das mortes na região, com 20.047 óbitos.
Logo atrás no número de contaminações estão Peru (108.769 infectados e 3.148 mortos) e Chile (61.857 casos e “apenas” 630 óbitos). A Argentina, país com a terceira maior população absoluta da América do Sul, está em sexto no ranking de casos e óbitos pela covid-19, com 9.931 infecções registradas e 419 mortes pela doença.
De acordo com informações da Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos superaram a marca de 95 mil mortos pela covid-19 no país, consolidando-se como a região mais afetada pela pandemia de coronavírus no mundo. Os EUA registram cerca de 1,58 milhão de contaminações, ainda segundo a universidade norte-americana.
Ministro do STF autoriza divulgação de vídeo polêmico de reunião ministerial
Um assunto que vem rendendo polêmica teve mais um desfecho nesta sexta-feira (22). O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a divulgação do vídeo da reunião ocorrida em 22 de abril, citada pelo ex-ministro Sergio Moro como prova de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
O inquérito investiga as acusações feitas por Moro de que o presidente queria interferir pessoalmente na PF, ligar para diretores e superintendentes e ter acesso a relatórios sigilosos. O interesse do presidente na superintendência da PF no Rio é um dos pontos principais da investigação. Moro pediu demissão após Bolsonaro exonerar o então diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo. E um dos primeiro atos do novo diretor-geral da PF, Rolando de Souza, foi trocar o diretor da PF no Rio.
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Bolsonaro nega que, durante a reunião, tenha defendido a troca na direção da PF do Rio para evitar que familiares e aliados fossem prejudicados. Segundo o presidente, quando falou sobre troca em “sua segurança”, ele se referia à segurança pessoal e de sua família no Rio.
Entenda o caso:
Em 24 de abril, Bolsonaro demitiu o então diretor-geral da PF Maurício Valeixo. Moro não tinha sido avisado da demissão e deixou o cargo de ministro no mesmo dia, acusando Bolsonaro de tentar interferir na corporação.
O presidente escolheu o delegado Alexandre Ramagem para comandar a corporação no lugar de Valeixo, mas a nomeação foi barrada pelo STF. No lugar de Ramagem, Bolsonaro nomeou Rolando de Souza. Logo que assumiu a diretoria-geral da PF, Souza trocou diversos superintendentes regionais da corporação, inclusive o do estado do Rio de Janeiro, berço eleitoral da família Bolsonaro.
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A decisão de tornar o vídeo público foi tomada após Advocacia-Geral da União (AGU), Procuradoria-Geral da República (PGR) e o ex-ministro da Justiça se manifestarem sobre a divulgação do vídeo. O vídeo estava sob sigilo no inquérito. No dia 12 de maio, a íntegra do vídeo foi exibida em uma sessão reservada a investigadores e procuradores da República, ao advogado-geral da União, José Levi, e ao próprio Sergio Moro.
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Em um dos trechos do vídeo, um dos assuntos mais comentados desta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro chama o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de ‘estrume’ e João Dória, governador de São Paulo, de “bosta” . Ele ainda cita o prefeito de Manaus.
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Em um dos trechos, o presidente fala: “Que os caras querem é a nossa hemorroida! É a nossa liberdade! Isso é uma verdade. O que esses caras fizeram com o vírus, esse ‘bosta’ desse governador de São Paulo, esse ‘estrume’ do Rio de Janeiro, entre outros, é exatamente isso. Aproveitaram o vírus, tá um bosta de um prefeito lá de Manaus agora, abrindo covas coletivas. Um bosta. Que quem não conhece a história dele, procura conhecer, que eu conheci dentro da Câmara, com ele do meu lado! Né?”.
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Em outro trecho, ele ainda ataca o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, que recentemente abriu covas coletivas para o sepultamento de vítimas do coronavírus. “nós sabemos o que, a ideologia dele e o que ele prega. E que ele sempre foi. O que a … tá aproveitando agora, um clima desse, pra levar o terror no Brasil. Né? Então, pessoal, por favor, se preocupe que o de há mais importante, mais importante que a vida de cada um de vocês, que é a sua liberdade. Que homem preso não vale porra nenhuma”, disse o presidente.
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