Nesta quinta-feira (29), o Brasil voltou a ter alta no número de mortes pelo quinto dia consecutivo e registrou o terceiro dia com mais óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia. Em balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, mais 1.156 mortes foram registradas em 24 horas, chegando agora ao total de 26.754 vidas perdidas pelo novo coronavírus.
Desde de domingo (24), o País vem apresentando crescimento no número de mortes, quando registrou 653 óbitos. Na segunda foram 807, na terça mais 1.039 e na quarta foram 1.086 mortes. O número registrado hoje fica atrás apenas de dois dias: 1.179 no dia 19 e 1.188 no dia 21, atual recorde.
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O Estado de São Paulo bateu um novo recorde e registrou 6.382 novos casos de Covid-19 em 24 horas. O pico anterior, de 4.092 casos novos em um dia, havia sido alcançado há duas semanas, no dia 15 de maio. Com o aumento, o Estado tem 95.865 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. O número de mortes subiu para 6.980, com 268 óbitos a mais que no dia anterior. O alto índice foi registrado um dia depois de o governador João Doria anunciar a reabertura de alguns setores da economia em determinadas regiões do Estado, incluindo a capital.
Presidente pede reabertura dos shoppings
Em tradicional live realizada nesta quinta-feira (28) em rede social, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a retomada da economia no Brasil. Ele quer que o comércio volte a funcionar mesmo diante do crescimento de casos do novo coronavírus no país. Eu espero que a economia volte a funcionar. Eu venho dizendo há 70 dias que temos dois problemas: a vida e o vírus, tá certo, e a questão do desemprego. Estou vendo que alguns estados estão abrindo shoppings com restrição. Teve gente que perdeu material que embolorou”, lamentou.
Bolsonaro lembrou que sempre defendeu o isolamento vertical, onde só ficaria em quarentena pessoas do grupo de risco. “Terrível a desgraça que fizeram dessa forma de ‘fecha tudo’. Eu sempre defendi, mas não cabia a mim o isolamento vertical. As pessoas mais idosas, deixa em casa. A minha mãe está preservada, peço a Deus que nada aconteça com ela. Os mais jovens tinham que voltar a trabalhar, tinham que continuar trabalhando”, completou .
O presidente ainda ironizou o escândalo na Saúde no Rio, onde o governador Wilson Witzel e outros políticos são alvo de investigação da Polícia Federal. “No Rio de Janeiro caiu assustadoramente o número de óbitos de corona depois que a Polícia Federal passou por lá. Acho que a PF mata vírus”, ironizou.
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Bolsonaro defende alvos de operação Fake News
Depois da operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para combater investigar aliados do presidente envolvidos em ‘Fake News’, Bolsonaro criticou a ação. Estão perseguindo gente que apoia o governo de graça. Querem tirar a mídia que eu tenho a meu favor sob o argumento mentiroso de fake news. Não teremos outro dia igual ontem, chega, chegamos no limite”, disse, em pronunciamento à imprensa ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira (28).
Os mandados de busca e apreensão cumprido ontem foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do chamado inquérito das fake news no STF. O inquérito tem por objetivo apurar a existência de esquemas de financiamento por empresários e divulgação em massa nas redes sociais de notícias falsas e ofensas contra autoridades da República.
De acordo com Bolsonaro, a equipe de governo trabalhou ontem o dia todo e, por volta da meia-noite, entrou com habeas corpus contra a operação. Para ele, as pessoas alvos dos mandados tiveram sua propriedade privada violada e sua honra atentada ao serem surpreendidas com a PF batendo em suas casas. “Nunca tive intenção de controlar a Polícia Federal, pelo menos isso serviu para mostrar ontem. Mas, obviamente, ordens absurdas não se cumprem. E nos temos que botar um limite nessas questões.”
Bolsonaro disse que está à disposição para conversar com os presidentes dos outros poderes e que respeita as instituições e criticou decisões monocráticas. “Ontem foi o último dia e eu peço a Deus que ilumine as poucas pessoas que ousam se julgar melhor e mais poderosas que os outros, que se coloquem no seu devido lugar, que nos respeitemos. Não podemos falar em democracia sem um Judiciário independente, um Legislativo independente para que possam tomar decisões, não monocraticamente, por vezes, mas as questões que interessam ao povo como um todo que tomem, mas de modo que seja ouvido o colegiado”, disse.
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Para Bolsonaro, é preciso que as autoridades sejam humildes e corrijam o que, por ventura, fizeram de errado. “Eu já errei e me desculpei, os outros devem fazer a mesma cosia. Essa crise, que está aparecendo aí, não interessa para ninguém”, disse, pedindo que “não mergulhem o Brasil numa crise política” e usem “a sua caneta ou seu voto para o bem do nosso país”.
O presidente argumentou ainda que a operação de ontem foi um atentado às liberdades individuais e à liberdade de expressão. Segundo ele, as mídias sociais são complementares à mídia tradicional e o chamado “gabinete do ódio” é uma invenção em que algumas pessoas acreditam. “Essa mídia social me trouxe à Presidência, sem ela não estaria aqui. Não gastei nada, nunca tive nada de recurso para fazer campanha, foi o povo que me colocou aqui”, disse.
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De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, o chamado “gabinete do ódio” é apontado, nos depoimentos de parlamentares ouvidos no inquérito, como a associação criminosa “dedicada à disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às Instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”.
Fonte: Agência Brasil
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