O número de mortes pelo novo coronavírus continua tendo altos e baixos. Nesta quarta-feira, o Brasil registrou mais 1.269 óbitos pela Covid-19, elevando o total de vítimas para 46.510, informou o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A taxa de letalidade da doença é de 4,9%, enquanto o índice de mortalidade chega a 22,1 para cada 100 mil habitantes.
O país também teve 32.188 novas contaminações pela Covid-19, chegando ao total de 955.377 casos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, há uma taxa de incidência de 454,6 casos para cada 100 mil cidadãos.
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O estado de São Paulo continua liderando o ranking em números absolutos, com 191.517 infectados e 11.521 óbitos. Na sequência, aparecem Rio de Janeiro (86.963 casos e 8.138 falecimentos), Ceará (84.967 contaminados e 5.282 mortos) e Pará (74.192 e 4.350).
OMS afirma que pandemia no Brasil ainda é grave
Este é um momento de extrema cautela. A afirmação foi feita por Michael Ryan, diretor executivo do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), durante a coletiva de imprensa de hoje (17). O evento informa sobre os andamentos nas pesquisas e a evolução no combate ao novo coronavírus em escala global.
De acordo com Ryan a situação no Brasil ainda é classificada como grave. Os sinais de estabilização do contágio e do número de casos graves e óbitos não são, necessariamente, sinais de vitória sobre a doença. “Já vimos isso antes em epidemias em outros países. Pode-se ver um sinal de estabilização durante um dia, ou alguns dias, e a [ocorrência da] doença pode subir novamente. Deve haver um foco no distanciamento social, na higiene e nos esforços para evitar aglomerações”, afirmou.
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Michael Ryan frisou ainda que populações de minorias étnicas e pessoas em condições de pobreza nos ambientes urbanos devem ter apoio especial, já que não possuem condições para realizar o distanciamento social e manter a higiene necessária para conter o avanço do novo coronavírus.
“Penso que, na perspectiva do Brasil, agora realmente é um momento de dobrar as apostas no sistema público de saúde e nas medidas sociais. [É o momento de] focar em ajudar comunidades e garantir que o sistema hospitalar continue funcionando e seja capaz de tratar pacientes graves”, afirmou o médico.
“Não tenho dúvidas do compromisso total, engenhosidade do governo brasileiro, dos estados, das pessoas para achar uma maneira de colocar a doença sob controle. [O Brasil] emergirá dessa situação o mais rápido possível”, concluiu Ryan.
Fonte Agência Brasil
Denunciada pela procuradoria, Sara Winter é transferida para presídio no DF
A Procuradoria da República no Distrito Federal denunciou a ativista Sara Fernanda Geromini, conhecida como Sara Winter, à Justiça pelos crimes de crimes de injúria e ameaça ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A denúncia foi enviada na terça (16) à 15ª Vara Federal de Brasília.
No documento, o procurador Frederick Lustosa diz que a ativista ofendeu e ameaçou o ministro nas redes sociais, após ser alvo de um mandado de busca e apreensão autorizado por Moraes no inquérito aberto pela Corte para apurar a divulgação de notícias fraudulentas e ameaças aos integrantes do tribunal. Os fatos ocorreram entre os dias 29 de maio e 8 de junho, segundo Lustosa. Se a denúncia for aceita pelo magistrado responsável pelo caso, Sara passará à condição de ré em um processo criminal.
Na segunda-feira (15), Sara foi presa pela Polícia Federal (PF) por determinação do ministro e a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) em outra investigação, que apura ataques a instituições, como pedidos de intervenção militar e o fechamento do Congresso e do Supremo.
Após a prisão, a defesa informou que a prisão temporária era por cinco dias. Na tarde de hoje, Sara foi transferida da carceragem da PF para o presídio feminino do DF. Pelo Twitter, sua assessoria disse que ela corre risco de morte no presídio e que a decretação da prisão tem objetivo de “calar” a ativista.
Sara Winter é líder do grupo 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. No sábado (13), o acampamento do grupo, que estava instalado na Esplanada dos Ministérios, foi desmontado pela Policia Militar.