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Nesta sexta-feira (15), o número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus no Brasil subiu para 218.223. O número de mortes já chega a 14.817. Os dados foram divulgados na noite de hoje. No último balanço do governo, o total de infectados chegava a 202.918 e 13.993 mortes confirmadas.
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De acordo com o balanço do Ministério da Saúde, foram notificados novos 15.305 casos nas últimas 24 horas, o terceiro recorde seguido na semana. Em relação às mortes, foram registrados 824 novos óbitos de quinta para sexta, mas que podem ter ocorrido em dias anteriores. Em relação ao número de casos, o crescimento foi de 7,4%. Já em relação ao aumento no número de mortes, o crescimento foi de 5,8%.
João Doria volta a falar em lockdown
Em coletiva de imprensa desta sexta-feira (15), o governador de São Paulo, João Doria,voltou a sinalizar com a possibilidade de radicalizar o isolamento social. Ele afirmou que o protocolo para um possível lockdown no estado já está pronto. Porém, não será utilizado agora.
“Nos protocolos do comitê de saúde existe o lockdown, local e regional, mas neste momento ele não será aplicado. Nós estamos avaliando isso dia a dia, com cuidado, com atenção, com zelo, com as informações provenientes da equipe coordenada pelo Dimas Covas também”, afirmou o governador.
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Doria ainda reforçou que o plano será aplicado no estado caso houver necessidade: “O protocolo existe, ele está pronto, mas neste momento ele não será aplicado. Se houver necessidade, aplicaremos e informaremos”.
Nomes cotados para assumir o Ministério da Saúde
Mais cedo, Nelson Teich anunciou sua saída do Ministério da Saúde. Três noves são cogitado para assumir a pasta, o general Eduardo Pazuello, Osmar Terra e a imunologista Nise Yamaguchi. Apontada como principal consultora do presidente Jair Bolsonaro a respeito do uso da hidroxicloroquina e da azitromicina no combate ao coronavírus, o nome da médica já havia sido cogitado para a pasta.
Nise passou boa parte desta manhã no terceiro andar do Palácio do Planalto, de onde despacha o presidente. Não há, no entanto, confirmação de que ela poderia assumir a pasta. Há pouco mais de um mês, a médica passou a integrar o comitê de crise do governo federal contra a pandemia. Desde então, vem defendendo “evidências científicas” de que a medicação ajuda no “tratamento precoce” da doença, como disse ao GLOBO em 7 de abril.
Médica do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, Nise chegou a se reunir com Luiz Mandetta num encontro em que discutiram o tratamento com a droga defendida por ela. Na ocasião, ele se recusou a assinar um decreto que determinaria o uso da substância para debelar a Covid-19. Até o momento, a medicação é autorizada apenas para pacientes graves, desde que sob orientação médica.
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Nelson Teich fala sobre saída do Ministério da Saúde
Menos de um mês depois de assumir o Ministério da Saúde, Nelson Teich anunciou na manhã desta sexta-feira. Em seu discurso ele disse que foi uma decisão dele. “Digo a vocês que dei o melhor de mim nesses dias em que estive aqui, nesse período. Não é uma coisa simples estar à frente de um Ministério como este, em um episódio tão difícil”, ressaltou.
O fato é as discordâncias entre Teich e o presidente Jair Bolsonaro começaram quando o oncologista anunciou que a diretriz do governo para orientar estados e municípios em relação às medidas de distanciamento previa o bloqueio total, conhecido como “lockdown”, medida que contraria o presidente, favorável à reabertura da economia.
A situação piorou depois que o presidente exigiu que o Ministério da Saúde alterasse um protocolo do governo para recomendar o uso de medicamentos à base de cloroquina a pacientes infectados pela Covid-19 desde os estágios iniciais da doença.
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Leia o discurso na íntegra:
Pessoal, boa tarde. A vida é feita de escolhas, e eu hoje escolhi sair. Digo a vocês que dei o melhor de mim nesses dias em que estive aqui, nesse período. Não é uma coisa simples estar à frente de um Ministério como este, em um episódio tão difícil
Agradeço a meu time que sempre esteve ao meu lado, sempre. Esse é o trabalho de um grande time. Conduzir a saúde é o trabalho de muita gente, de um grande time. Tenho aqui a honra e o prazer de ter estado ao lado dessas pessoas que, como eu repito, sempre estiveram do meu lado, sempre me apoiaram e sempre trabalharam intensamente por este país.
A missão da saúde e tripartite. A gente envolve Ministério da Saúde, o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), secretários estaduais e municipais, e isso é uma coisa que sair muito importante, deixar claro. O MS vê isso como algo absolutamente verdadeiro e essencial para conduzir a saúde desse país, tanto na parte estratégica como na parte de execução. Esse é o momento em que um país inteiro luta pela saúde e pelo Brasil, mas aqui realço a participação do ministério, do Conass e do Conasems.
Traçamos aqui um plano estratégico que foi iniciado, as ações foram indiciadas e que ele deve ser seguido. É importante lembrar que durante esse período, a gente tem um foco total na covid, mas a gente tem que lembrar que tem todo um sistema que envolve varias outras doenças, toda uma população para ser cuidada. Todo o tempo que a gente trabalha e trabalhou foi para solucionar e passar por esse momento da covid, todo o sistema é pensado em paralelo.
Nesse período, a gente auxilia estados e municípios a passar por essas dificuldades. Habilitação de leitos, foram quase 4 mil, são as EPIs são os respiradores e os Recursos humanos. Isso acontece num momento de grande crise mundial, tanto dos insumos quanto dos equipamentos e dos EPIs. É uma luta diária, e uma luta intensa para que a gente consiga entregar e auxiliar estados e municípios a passar por isso. E quando a gente fala estados e municípios, a gente fala dos pacientes e das pessoas.
Deixo um plano de trabalho, um plano pronto para auxiliar os secretários estaduais, os secretários municipais, prefeitos e governadores, a tentar entender o que está acontecendo e definir próximos passos. Aqui a gente entrega quais são os pontos que tem que ser avaliados quais são os itens que são críticos que se hoje a gente não consegue ter que precisam ser encontrados, e auxiliar no entendimento do momento e da tomada de decisão.
Foi construído um programa de testagem que está pronto para ser implementado, isso vai ser importante para que a gente entenda a situação da Covid no Brasil e a sua evolução. Isso também é fundamental para que a gente defina estratégias e ações.
A gente iniciou as visitas nas cidades mais atingidas, e isso foi fundamental. É fundamental você estar na ponta, e foi fundamental para a gente estar com essas pessoas entender o que acontece no dia a dia, ver o que está sendo feito, entender melhor que acontece na ponta. Esse entendimento foi fundamental para o desenho de ações que foram implantadas em seguida, e isso é uma preparação para outros lugares, outras cidades. E cada cidade que a gente vai, a gente está melhor preparado para enfrentar o desafio.
Aqui agradeço os profissionais de saúde mais uma vez. Quando você vai na ponta e você vê o que é o dia a dia dessas pessoas, você se impressiona. A dedicação dessa pessoas correndo risco, o tempo todo ao lado dos pacientes e das pessoas. É uma coisa realmente espetacular.
Eu engraçado ao presidente Jair Bolsonaro a oportunidade que me deu de eu ter feito parte do Ministério da Saúde, porque isso era uma coisa muito importante para mim. Seria muito ruim na minha carreira a ter tido a oportunidade de atuar no Ministério pelo SUS. Eu escrevi uma vez que fui uma pessoa formada, eu nasci graças ao serviço público, sempre estudei em escola pública, minha faculdade foi pública, minhas residências foram em universidades federais. Eu fui criado pelos sistema público.
Queria dizer que é uma honra estar aqui com essas que é uma honra estar aqui com essas pessoas todas aqui que estiveram do meu lado o tempo todo. É espetacular essa equipe uma honra para mim ter feito parte disso. Obrigado.