O Brasil teve 1.374 novas mortes por Covid-19 registradas nas últimas 24 horas, de acordo com atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta terça-feira (23). Com esses acréscimos às estatísticas, o país chegou a 52.645 óbitos em função da pandemia do novo coronavírus. A atualização diária traz um aumento de 2,7% no número de óbitos em relação a ontem (22), quando o total estava em 51.217.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4,5%. A mortalidade (falecimentos por 100.000 habitantes) foi de 25,1. Já a incidência (casos confirmados por 100.000 habitantes) ficou em 543,3.
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O balanço também teve 39.436 novos casos registrados, totalizando 1.145.906. O acréscimo de pessoas infectadas marcou uma variação de 3,5% sobre o número de ontem, quando os dados do ministério registravam 1.106.470 de pessoas infectadas. Do total, 479.916 pacientes estão em observação, 613.345 foram recuperados e 3.911 mortes estão em investigação.
Os estados com maior número de óbitos são São Paulo (13.068), Rio de Janeiro (9.153), Ceará (5.717), Pará (4.672) e Pernambuco (4.339). Ainda figuram entres os estados com altos índices de mortes em função da pandemia Amazonas (2.686), Maranhão (1.797), Bahia (1.491), Espírito Santo (1.425), Alagoas (920) e Paraíba (807).
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Os estados com mais casos confirmados de Covid-19 são São Paulo (229.475), Rio de Janeiro (100.869), Ceará (97.528), Pará (88.636) e Maranhão (72.021).
Vacina contra a Covid-19 começará a ser testada em São Paulo
Os testes da vacina da Covid-19 começaram em São Paulo. No fim de semana, foram iniciadas as triagens de pelo menos 200 voluntários. A aplicação da vacina ChAdOx1 nCoV-19 deve começar nesta quarta-feira (24), segundo a Fundação Lemann.
A fundação, responsável por custear o estudo da vacina em São Paulo, informou também que o Crie (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais) da Unifesp já está funcionando. O centro é onde serão conduzidos os testes.
A vacina, que foi desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, está na terceira fase de testes. Para esta fase, serão chamados profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate à Covid-19, uma vez que estão mais expostos à contaminação. Além disso, é necessário ter entre 18 e 55 anos – gestantes não devem participar.
Os voluntários precisam ser soronegativos, ou seja, não ter contraído a doença anteriormente, pois estudos mostram que essas pessoas já desenvolveram uma imunidade para o novo coronavírus. Cerca de 2.000 testes sorológicos serão realizados pelo grupo Fleury, segundo anúncio realizado na segunda-feira (22).
A Unifesp comunicou, por meio de nota, que a partir desta segunda-feira aqueles que tenham sorologia negativa estarão aptos para a aplicação da vacina. Em um comunicado publicado no site da universidade, Lily Yin Weckx, investigadora principal do estudo, explica que o mais importante é que essa etapa de estudo seja realizada neste momento em que a curva epidemiológica ainda é ascendente e os resultados para a vacina podem ser mais assertivos.
Nesta terça-feira (23), o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse que o governo deve assinar um acordo ainda nessa semana para produzir no Brasil a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela biofarmacêutica Astrazeneca. “É o objetivo número um do SUS que a gente tenha acesso e entrada direto junto à estrutura de fabricação, para que a gente não perca o bonde e para podermos ter a liberdade de fabricar vacina. Na América Latina, só o Brasil tem essa competência de fabricação com Biomanguinhos, e não podemos ficar de fora”, disse ele.
Pesquisa releva 9,5% da população teve contato com o novo coronavírus
A Prefeitura de São Paulo fez uma pesquisa para verificar o número de infectados no estado. Cerca de 9,5% da população já teve contato com o novo coronavírus, segundo a pesquisa epidemiológica divulgada nesta terça-feira (23). O
s dados foram obtidos por meio de 5.416 exames sorológicos feitos em 96 distritos com moradores acima dos 18 anos escolhidos por sorteio. Esses exames não indicam quantas pessoas estão infectadas no momento, mas quantas já tiveram contato com o vírus e desenvolveram anticorpos contra ele, sejam elas sintomáticas ou assintomáticas.
A margem de erro do inquérito sorológico é de 1,7 pontos percentuais. Portanto, a taxa de prevalência do vírus Sars-Cov-2 na população paulistana está entre 8% e 11,4%. Com esse resultado, a administração municipal estima que 1,16 milhão de pessoas já tenham contraído o vírus em algum momento.
“Com isso nós chegamos à conclusão de que existe na cidade de São Paulo já 1,16 milhão de pessoas com o anticorpo do coronavírus no município. Isso nós da um grau de confiabilidade bastante importante, permite chegarmos às conclusões de que os processos, inclusive de flexibilização, estão sendo pautados exatamente por esses números”, disse Edson Aparecido, secretário municipal da Saúde.
Porém, a presença de anticorpos no organismo não significa que a pessoa está imune à doença. Pesquisadores ainda estudam qual é a taxa de anticorpos necessária para que o indivíduo se torne imune e também quanto tempo esta imunidade pode durar.