Nos últimos dias, os programas noturnos de auditório apresentaram quadros muito semelhantes, com um artista convidado enfrentando perguntas de jornalistas e dos apresentadores. Nestas “entrevistas”, entre outras coisas, esteve em análise o papel dos críticos de TV, colunistas e repórteres especializados no assunto. Ninguém foi poupado, mas diga-se a verdade nenhum nome foi citado. Os artistas afirmam que há uma espécie de perseguição, de comentários equivocados e opiniões ofensivas. As respostas deixam claro que hoje é impossível analisar um programa sem ser processado por seu condutor. Não vou defender a categoria, já que muitos “críticos” abusam mesmo, entram na vida particular e fazem mais fofoca do que análise. E está na hora de separar as coisas. Há Mas o processo não deve se tornar uma prática comum, afinal, a liberdade de expressão está garantida na constituição. E (cá entre nós), quem está na chuva é para se molhar. Quem está à frente de um programa sabe que estará sendo analisado pelo público e pela crítica. Apontar erros, abusos e caminhos é o papel do comentarista, que nem sempre tem a verdade absoluta, mas aponta para uma direção. Cabe ao artista processar as informações, avaliar a sua conduta e chegar a suas próprias conclusões. O que todo mundo quer é uma televisão melhor, sem censuras, mas com qualidade e respeito ao ser humano. Me desculpem os produtores, artistas e apresentadores, mas todos eles podem e devem fazer algo melhor na televisão.
Você internauta, está em qual lado? Os críticos devem ir para a fogueira como as bruxas da idade média?