José Armando: O Bom humor do brasileiro ganha vida em A Grande Família

  Foto: Divulgação/TV Globo
O seriado “A Grande Família” foi redescoberto pela imprensa e também por parte do público graças a mudança de horário. Colocar o humorístico antes do Linha Direta foi a decisão mais certa tomada pela Globo, isso porque muita gente acabava trocando de canal e não acompanhava o belíssimo trabalho de Marco Nanini, Marieta Severo e sua trupe. “A Grande Família” é uma das boas produções humorísticas da nossa televisão já que não explora a piada chula e muito menos a sensualidade. As situações vividas pela família de Lineu podem acontecer nas melhores casas e colocam o telespectador para rir de seus próprios exageros e erros. E não é por menos que o programa tem o forte de sua audiência entre as crianças e idosos: um humor sem exageros não ofende ninguém e os pais acabam liberando a criançada para acompanhar o programa. Dias desses, uma amiga se pegou assistindo pela primeira vez ao “Grande Família”. O episódio mostrava a relação entre o homem e seus animais de estimação. Nenê, interpretada por Marieta Severo, conversava e tratava um gato como se fosse uma criança. Uma situação, no mínimo engraçada, mas muito comum nos dias de hoje. Sentada em seu confortável sofá, num luxuoso home teather, essa minha amiga se viu na tela, afinal, durante os comerciais, viveu a cena hilária de conversar com seu labrador como se ele fosse um bebezinho. É esse o ponto alto do seriado. Sem apelar, sem ofender, sem mostrar mulheres nuas, “A Grande Família” nos coloca para rir de nossas próprias fraquezas. O humorístico não é sucesso apenas na televisão. O DVD com os melhores momentos é um dos mais vendidos nas locadoras e lojas especializadas.