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Maitê Proença se pronuncia sobre acusações de Lygia Fagundes Telles em relação a nome de peça

A atriz Maitê Proença procurou a coluna de Mônica Bergamo da Folha de S.Paulo para responder à escritora Lygia Fagundes […]

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Redação
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A atriz Maitê Proença procurou a coluna de Mônica Bergamo da Folha de S.Paulo para responder à escritora Lygia Fagundes Telles, que ameaça processá-la porque ela estreia hoje, no Rio, a peça "As Meninas", mesmo nome de romance de sua autoria que está sendo adaptado para o teatro.

Confira a entrevista:

FOLHA – Lygia Fagundes Telles disse à coluna que tem vontade de subir ao palco na estreia da tua peça e te chamar de ladra.
MAITÊ PROENÇA – Ai, meu Deus! Olha, vou te falar o que aconteceu. Há três meses, a Lucia Riff, minha agente literária, que é também agente dela, falou: "A Lygia está preocupada porque fez uma adaptação do romance dela, "As Meninas", para o teatro e ela gostaria que você mudasse o título da sua peça". Aí eu falei: "Mas, Lucia, a minha peça não é um romance adaptado. Ela já nasceu com esse nome, como esquete, há cinco anos, que depois eu transformei numa peça". "As Meninas" é um nome de domínio público. É como a árvore, o coqueiro, os homens. É um nome que o Velázquez usou num quadro de 1700, muito conhecido, que tá lá no Museu do Prado [em Madri]. O Picasso escreveu 67 desdobramentos desse quadro do Velázquez que também se chamam "As Meninas". Mas tudo bem. Em deferência à Lygia, pela vida da Lygia, pelo amor que eu tenho por ela, jamais gostaria de magoá-la. E tentei mudar.

FOLHA – E o que aconteceu?
MAITÊ – Eu tive problemas com a burocracia da Lei Rouanet. O MinC disse que reconheceria a mudança se o meu principal patrocinador, a Eletrobrás, fizesse uma carta de anuência. Mas a estatal não dá carta de anuência. Eu decidi então botar todo o meu material publicitário como "Festa de Menina". O MinC não aceitou. Não posso fazer mais nada. Eu tentei. Tentei.

FOLHA – Você chegou a avisar a Lygia?
MAITÊ – Sim, mandei para ela toda a troca de e-mails com o ministério, com a Eletrobrás.

FOLHA – E por que ela teve uma reação tão forte?
MAITÊ- Eu fiz o que pude. Frustrada, porque eu queria manter o nome da minha peça, que já nasceu assim, ao contrário da dela, que é apenas uma adaptação de um romance. Ela vai mudar o quadro do Velázquez também? Ela vai chamar o Picasso de ladrão, vai chamar o Velázquez de ladrão? Ou foi ela que roubou o nome do Velázquez? Como é que fica essa incongruência? Olha, eu não quero entrar nesse litígio pelo respeito que eu tenho por ela e por todo o movimento que eu sei que fiz. A minha peça vai ser um sucesso, a dela também. Ela tem seis meses para arranjar uma solução criativa para esse problema. A peça dela nem está ensaiada. Só fez leitura.

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